Danilo C. Bussolar

Soneto do Ermo Esmado

Soneto do Ermo Esmado

 

Vivo num ermo que se justifica
Sem dar vaidade pelo amor presente
E que por verso agreste versifica
Sem sobre cujo amor jogar a mente.

 

E pelo verso em esmo não se implica
A vida, morte e o brio de amor vivente
Que em bruta castidade vivifica
Um bom soneto de amargar a gente.

 

Mas quando a morte dança a vida austera
Na valsa da vaidade e da penúria,
O brio se acanha e a vida desespera.

 

Tratado em morte eterna que quisera
Eu mesmo a deleitar-me em triste injúria
E na mortalidade tão severa.

 

  • Autor: Qorujo (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Janeiro de 2021 15:05
  • Comentário do autor sobre o poema: Esmamos sem nada calcular.
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 18


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