Isaque Romancini

Sou dor

 

Sou máscara, sou paz, indiferente

Quem sente?

Quem ama?

Quem atravessa?

Dominado por medo, cercado!

Valores de quem?

Se cresço sou forte

Se diminuo sou frio

Cansado dos medos

Eu quero correr, ser livre, amado

Me cerca, invade, permite, me ama

Que palavras são poucas eu já sabia

Te vejo ligado, mas não estou na sintonia

Te vi abraçando, não era meu colo

Mas te deixo ir, meu amor não pode suprir

Sou fraco, sou palha, esquento e voo

Não me deixaram fluir

Meu amor tem muito juízes

Se um dia me quiser, que não seja eu

Um selo, sem carta, caminho que não tem destino

Queria ser inteiro

Mas só posso ser peça

Fui quebrado em cabeças, coração se perdeu, não vejo meu fim

Sozinho não chego, acompanhado não posso

Sou profundo e intenso, em gota de chuva que cai sobre o chão

Quente, me evaporo

Em gotas que choro

Coração aperta, alerta

Não sou digno de amor

Sei quem tem seu valor

Se confundem com preço

Me despenco sozinho

Vou cair no céu

Onde as estrelas são lindas

Assim como os corações

Que parecem iluminar, visíveis!

São intocáveis

  • Autor: Isaque Romancini (Offline Offline)
  • Publicado: 21 de Abril de 2020 14:04
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 32
  • Usuário favorito deste poema: Ana Carmo.

Comentários2

  • Ana Carmo

    Amei

  • Vlad Paganini

    Me vi em boa parte do seu poema. gostei.

    • Isaque Romancini

      Fico feliz em ver pessoas se identificando 🙂

      • Vlad Paganini

        Isaque a poesia tem essa magia meu caro, de chegar e envolver o sentimento, rodear o vasto e atingir no peito abraço.



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