Um sonho atropelado
Um medo calado, sufocado
Um beijo salgado, roubado
Um amor de porcelana, de lama
Que quer e não quer, que agarra e solta
Um grito entalado, disfarçado
Horrores passados, enraizados
No solo da mente, que mente
Que pensa, penosamente estranha
Quem explica o que não tem forma, cor ou consistência
Mordo sem dentes o caroço duro da paciência
E me espreguiço na farsa da ciência
Pois quem sabe não sabe que sabe
Assim como mente melhor quem não sabe que mente
O mundo é o ontem rolando no aqui e se projetando para o amanhã
Quem teve o ontem teve o amanhã, mas quem tem o hoje?...
- Autor: Carlos Eduardo J. Lima ( Offline)
- Publicado: 5 de janeiro de 2021 14:57
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 10
Comentários1
Lembrou-me Gregório de Matos
Obrigado pelo elogio; sorte minha não estar no tempo da Inquisição:)
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