Era uma tarde de chuva na primavera
Recolhi os teus calçados na beira de fora em nossa casa de madeira
Limpei-me a calça suja de algumas poeiras da varanda
Onde ficávamos em duas cadeiras observando as estações
O teu semblante nunca iria imaginar-me um preço para trocá-lo
Você colocava um vestido verde retro com pétalas de rosas
Permitia decair sobre as curvas de seu pescoço um perfume manso
Fazia-me sentir em nuvens emolduradas por Deus
Sonhava todos os dias em percorrer o mesmo caminho ao teu lado
Teus olhos esmeraldas balanceava o palpitar de meu íntimo
Fazendo navegar-me por águas cristalinas e intensas
Desejo acobertar-me o passado em que lhe perdi
Sobre memórias de um ano tão distante e próximo de meu peito
Por onde circunstâncias da vida um anjo decidiu apartar-te de mim
Chuviscou-se carregadas nuvens em nosso lar de Novembros
Profundo sempre será o dia em que lembrar-me-ei de ti
Teu olhar esverdeado namorando meus lábios
Perdido em seus mares cristalinos e turbulentos.
-
Autor:
Leonardo Ribeiro (Pseudónimo (
Offline) - Publicado: 2 de Janeiro de 2021 22:36
- Categoria: Amor
- Visualizações: 28
Offline)
Comentários3
Um adeus é sempre triste, mas as boas lembranças são alimentos da alma.
Abraços!
Muito bom irmão!
Obrigado.
Parabéns, Leonardo, texto lindo, bem escrio.,irretocável
Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.