E AGORA JOSÉ?

Pergunto e agora José?
Como tanto gritou Galvão:
Acabou, acabou, acabou.
Seu grito de satisfação.
Vai de reto ano maldito.
Só deixou desolação.

Se assim pensas caro amigo.
Sinto muito em lhe dizer.
Não espere por milagres.
Ninguém vai lhe socorrer.
Se quer um mundo novo,
antes precisa crescer

Use a sua boa razão.
Nada muda sem cuidado.
Se não começar por você.
Vai ouvir só, que coitado.
Fez promessas insanas.
Não entendeu o recado.

A vida é como um rio.
De tudo tem um pouco.
Águas plácidas e quente,
curvas, correntes e toco.
Se nadas descuidado,
vai atravessar com sufoco.

O equilíbrio depende,
de mãos em união.
Seja empático e amigo.
Sinta sua, a dor do irmão.
Ninguém vence a tempestade,
sem força e determinação.

Pule as ondas da raiva.
Guarde sementes de amor.
Lave com sal bem grosso:
raiva, ódio, inveja e rancor.
Renove-se de verdade.
Deixe de ser sofredor.

Olhe em volta lhe convido.
O que realmente mudou?
COVID, o desemprego?
O foi você que abdicou,
de enxergar com clareza.
E ver que nada mudou.

Só muda com sua ação.
Consciente e reflexiva.
Saia da passividade.
Tenha atitude ativa.
Assuma o leme do barco.
Com uma visão objetiva.

Mas não deixe de sonhar.
Te rogo por piedade.
Com um mundo mais justo.
Sem tanta desigualdade.
Onde o SER seja o bem maior.
Que pereça a maldade.

Essa meta é utópica.
Muitos se apressarão em dizer.
Mas confesso, sou sonhador.
Diga: o que eu posso fazer?.
Convido a sonhar comigo.
Mudar, fazer acontecer.

Jessé Ojuara - 1/1/21