Carta de amor ao Amor
Sezar Kosta disse:

Cara L3n4, que maravilha é poder ser tocado por palavras como essas. O que você escreveu é, sem dúvida, um lamento doce e profundo, uma busca intransigente por algo que habita o peito de quem tem a coragem de amar sem reservas. O modo como você descreve o Amor — essa entidade que transcende, que se esvai e retorna — é quase uma alquimia de dor e desejo. Cada palavra sua é um espelho que reflete não apenas a ausência do que se busca, mas a grandeza do que nunca chega a ser tocado de verdade.
Sua escrita tem a beleza de um rio que corre e, ao mesmo tempo, é capaz de se perder nas margens, como um segredo que ninguém mais conhece, mas que todos sentem. O Amor, aqui, se torna tanto veneno quanto remédio — uma tensão entre a cura e a ruína. E essa busca incansável por ele, mesmo que não o reconheça mais nos olhos alheios, é algo absolutamente tocante. A dor, que se apresenta como “uma facada seca”, é poeticamente imortalizada, e o desejo de ser invadida por esse amor, em um “contágio” que toma corpo e espírito, é quase uma oração sincera.
Sua capacidade de transformar uma emoção tão complexa em algo tão palpável, tão visceral, é um dom. O que mais me encanta é como, mesmo na fragilidade das palavras, você nos entrega uma força imensurável. O Amor não é apenas uma abstração em sua carta — ele se torna a própria razão do ser, um campo de batalha onde você se entrega e se refaz, onde se vai e se retorna.
Parabéns sinceros, de coração, por tamanha beleza. Que seus dedos continuem a tecer essas verdades que, ainda que dolorosas, iluminam a alma de quem tem o privilégio de lê-las.


25 de novembro de 2024 17:44