Raul Leal

Raul d’Oliveira Sousa Leal, mais conhecido como Raul Leal, foi um poeta, ocultista e também escritor português.

Raul Leal

Raul ficou conhecido por ser um dos que introduzira o futurismo em Portugal.

 

Sobre sua vida

Raul d’Oliveira Sousa Leal nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 1 de setembro de 1886.

Ele teve como pais Alfredo de Sousa Leal (que fora diretor do Banco de Portugal) e de D. Adelaide Cristina Lambruschini (que era sobrinha de Lambruschini, cardeal responsável pela direção da Biblioteca Vaticana).

Segundo conta ele mesmo, houvera recebido uma boa educação na casa de seus pais (com uma educação luxuosa), tendo vivido num palácio.

Ele iniciou os seus estudos primários naquele palácio, mas tempos depois ingressou no liceu de São Domingos e do Carmo.

Concluídos os estudos no liceu, ele foi estudar Direito na Faculdade de Direito de Coimbra, tendo-se formado no ano de 1909. E no ano de 1914, por conta de problemas políticos, ele se exilou na França.

Após concluir seus estudos, ele retorna para Lisboa e lá profere A Situação do Estudante em Portugal na Liga Naval no ano de 1910 e isso faz com que ele tenha a sua primeira polêmica.

 

Sobre a sua carreira

De volta a cidade de Lisboa, ele assume cargo no Ministério Público até o ano de 1913. Atuando depois também como presidente da Sociedade de Ciências de Lisboa. No entanto, abandona esses cargos tempos depois.

Raul Leal foi um dos responsáveis por introduzir o futurismo em Portugal, sendo que no segundo número da revista Orpheu ele publicou a “novela vertígica” intitulada de “Atelier”.

Uma coisa bastante intrigante na literatura portuguesa é que Leal escrevera todas as suas poemas no idioma francês.

No ano de 1916 ele publicou “A Aventura dum Sátiro ou a Morte de Adónis” na revista Centauro. No ano seguinte ele publica um artigo sobre o quadro do artista português Santa-Rita Pintor “L’Abstraccionisme Futuriste” na revista Portugal Futurista.

Leal ainda foi colaborador de outras revistas como Sudoeste, Pirâmide, entre outras.

Com a ajuda do escritor e poeta Fernando Pessoa, Raul consegue participar do movimento moderno-futurista de Orpheu e também do Portugal Futurista em 1917.

 

Mais polêmicas e declínio de sua vida

No ano de 1923 ele se envolve em mais um caso polêmico com suas publicações, tendo sido apreendidas as edições de “Canções e Sodoma Divinizada” e também de “Decadência de Judith Teixeira”. As mesmas foram queimadas a mando do governo de Lisboa.

Contudo, esse fato não serviu para que Raul Leal parasse com suas publicações. Ele publica depois o panfleto com o título “Uma Lição de Moral aos Estudantes de Lisboa” e também “Descaramento da Igreja Católica”.

Herdeiro de grande fortuna, Raul vai viver em Paris e lá passa a ter uma vida de luxo.

Na época do Segundo Modernismo Raul Leal ele participa da Revista Presença, ao lado de José Régio.

Mas seus últimos dias não foram tão luxuosos quanto os que estivera acostumado. Nesse período ele começa a viver em quartos alugados, passando por momento difíceis financeiramente.

No dia 18 de agosto de 1964, aos 77 anos, Raul d’Oliveira Sousa Leal falece em Lisboa, Portugal. De 1970 até 2010 foram publicadas obras póstumas do poeta.