Pagu

Pagu é o pseudônimo de Patrícia Rehder Galvão, uma poeta, escritora, jornalista, diretora de teatro e cartunista brasileira.

Pagu Patrícia Rehder Galvão

Ela foi uma das mulheres que fizeram parte do movimento modernista no Brasil, qual foi iniciado em 1922.

Foi o poeta Raul Bopp quem lhe deu o apelido de “Pagu”, sendo que ocorreu foi que o mesmo acabou cometendo um erro quando dedicou um poema para ela.

Raul pensou que o nome dela era Patrícia Goulart, então fez uma brincadeira com as primeiras silabas do nome e sobrenome dela. O poema dedicado a ela foi “O coco de Pagu”. Desde aí, o apelido de Pagu acabou pegando.

 

Pagu: sobre sua vida

Patrícia Rehder Galvão nasceu em 9 de junho de 1910 em São João da Boa Vista, Santos. Sua família então se muda para a capital quando ela tina apenas 2 anos de idade.

Pagu, que era filha do advogado e jornalista Thiers Galvão de França e de Adélia Rehder (de ascendência alemã, tinha outros três irmãos: Sidéria, Conceição e Homero. Na sua infância ela ganhou o apelido de “Zazá”.

Ainda que não tenha participado da Semana da Arte moderna por ter apenas 12 anos na época, a poeta e escritora foi importante para o movimento modernista que se iniciou em 1922.

Uma das coisas que chamava a atenção em Pagu, quando ainda adolescente, era que ela era diferente da sua família conservadora e, em comparação com as meninas de sua idade, ela fazia coisas que deixam muitos espantados, tais como: fumar nas ruas, falar palavrões e usar blusas transparentes.

Mas ela também se mostrou cedo com habilidades para a literatura. Quando tinha 15 anos ela começou a colaborar com o Brás Jornal, assinando com o pseudônimo de Patsy.

Estudou na Escola Normal da Capital e, tendo concluído seus estudos, já com 18 anos, ela passa a fazer parte do movimento antropofágico, influenciada por Oswald de Andrade (que dois anos depois viria a ser seu marido) e Tarsila do Amaral.

Casada com Oswald, ela tem o seu primeiro filho, o qual chamou de Rudá de Andrade. Então, juntamente com seu marido, ela inicia sua jornada como comunista.

Como militante comunista, Patrícia Rehder Galvão foi presa por diversas vezes, chegando a ficar um período presa por cinco anos. Ela foi a primeira mulher brasileira a ser presa devido a confrontos políticos.

 

Sobre suas obras

No ano de 1933, Pagu publicou o seu primeiro livro de romance intitulado de “Parque Industrial” e usa o pseudônimo de “Mara Lobo”. Ainda nesse ano ela passa a trabalhar como repórter e sai pelo mundo, deixando seu marido e filho no Brasil.

No ano de 1935, na França, ele se filia ao partido comunista. Mas lá ela caba sendo presa como comunista estrangeira, portando identidade falsa. Mas Souza Danta, embaixador brasileiro, a envio de volta para o Brasil.

De volta ao Brasil, ela se separa de Oswaldo e segue com sua carreia como jornalista. E é nesse período que ela passa a ser perseguida e é presa em decorrência de sua atividade como ativista política.

Pagu escreveu também textos políticos como “Verdade e Liberdade” e ainda realizou traduções de obras em espanhol, inglês e francês. Pagu também atuou como desenhista e ilustradora, tendo colaborado com a Revista de Antropofagia, entre outras.

Em 12 de dezembro de 1962, aos 52 anos, Patrícia Rehder Galvão falece em decorrência de um câncer contra o qual estava lutando.

Quando descobriu que tinha a doença e a tratou sem sucesso, ela até mesmo planejou se suicidar, mas o mesmo não se concretizou. Sobre o corrido, ela escreveu num panfleto: “Uma bala ficou para trás, entre gazes e lembranças estraçalhadas”.