Moacy da Costa Cirne, mais conhecido como Moacy Cirne, foi um artista visual, poeta e também teórico da poesia brasileiro.
Ele é conhecido por ser um dos fundadores do movimento chamado de “poema/processo”.
Sobre sua vida
Moacy da Costa Cirne nasceu no dia 13 de março de 1943 São José do Seridó, no Rio Grande do Norte. Filho de Luiz da Costa Cirne e Nadi da Silva Cirne, ele estudou no Colégio Santo Antônio, dos Irmãos Maristas, em Natal.
Ele ingressa na faculdade de Direito, no entanto abandona o curso para se dedicar ao jornalismo e a área da comunicação.
No ano de 1967 Moacy fez parte do lançamento do “poema/processo” em Natal, Rio Grande do Norte, e no Rio de Janeiro, um movimento que era próximo das artes plásticas. Desse movimento ele fez parte juntamente com outros nomes da arte como Wlademir Dias-Pino, Pedro Bertolino, Alvaro de Sá e Jota Medeiros.
Na década de 70 Moacy escreve a coluna HQ no jornal Tribuna da Imprensa, ao lado de Marcio Ehrlich. Ele ainda foi editor da Revista de Cultura Vozes, em Petrópolis, tendo ainda colaborado no Livro do Jornal do Brasil, no Rio de Janeiro.
Ele também atuou como professor no Departamento de Comunicação Social da Universidade Federal Fluminense, lá ele leciona disciplinas sobre ficção científica e sobre histórias em quadrinhos. Nessa época Moacy começou a, no Instituto de Arte e Comunicação Social da UFF, editar e distribuir um fanzine intitulado de “O Balaio Porreta” contendo uma única página.
Suas obras
Moacy Cirne é considerado como o maior especialista brasileiro das histórias em quadrinhos, tendo publicado alguns livros sobre o tema. O primeiro deles foi publicado em 1970.
Foi ainda muito jovem que o poeta revelou tendências da literatura, tendo feito parte de grupos intelectuais, a exemplo disso tem-se o “Cineclube Tirol”.
No final dos anos 60, ele ainda tornou-se um dos poetas mais importante da Poesia Concreta no Rio Grande do Norte juntamente com outros artistas como Nei Leandro de Castro, Dailor Varela, Anchieta Fernandes, etc.
Foi a partir da poesia Concreta que o poeta e o seu grupo realizaram experimentos no “Poema/Processo” e, nisso, ele passou a ter uma atuação essencial como teórico e também como produtor de artefatos poéticos do movimento.
O poeta e artista visual também trabalhou na direção da Revista Cultura Vozes por alguns anos.
A partir do ano de 1980 Moacy começa a fazer uso tanto da poesia verbal quanto da semiótica em suas obras literárias.
Ao longo de sua trajetória, ele escreveu diversos livros de poesia, tendo sido o primeiro publicado em 1979, qual fora intitulado de “Objetos verbais”. Outras obras do poeta potiguar são: Cinema Pax (publicado em 1983), Docemente experimental (publicado em 1988), Qualquer tudo (em 1993), Continua na próxima (de 1994), entre outros. A última obra lançada pelo poeta foi “Seridó Seridós” em 2013.
E Moacy Cirne ainda trabalhou como editor na folha Balaio Incomun na década de 90, onde se discutia política, cinema, literatura, etc.
No final do ano de 2013 ele é diagnosticado com um câncer no fígado, começando a travar uma luta para tratar a doença. No dia 11 de janeiro de 2014 ele passa por uma cirurgia, mas depois da opção ele sofre uma parada cardíaca, ficando em coma induzido e não resistindo, vindo a óbito no mesmo dia.