Mira Schendel

Myrrha Dagmar Dub, mais conhecida como Mira Schendel, foi uma escultura, desenhista, poeta e também pintora erradicada no Brasil.

Mira Schendel

Nascida em Zurique, na Suíça, em 7 de junho de 1919, Mira é considerada uma das figuras mais importantes para a arte contemporânea no Brasil.

 

Sobre sua vida

A mãe de Mira era filha de um alemão e de uma italiana (de origem judaica, mas convertida para o catolicismo), enquanto que o pai dela era um tchecoslovaco (de origem judaica). Seus pais se divorciaram enquanto Mira ainda era um bebê, então sua mãe se casou novamente, com um conde da Itália.

No ano de 1930, Myrrha Dagmar Dub muda-se para Milão e lá passa a estudar filosofia e arte.

No entanto, durante a Segunda Guerra Mundial, precisa abandonar os estudos e, no ano seguindo ao fim da guerra, ela muda-se para Roma, ficando lá apenas por 3 anos, pois em 1949 ela consegue se fixar no Brasil.

No Brasil, ela então passa a morar em Porto Alegre e por lá trabalha com pintura, escultura, design gráfico e também atua como poeta. No entanto, apesar de se saber que ela estudou e escreveu poesias, são poucas as informações precisas sobre suas obras nessa área.

Ela também realizou os restauros de algumas imagens barrocas naquela época no Brasil.

O seu interesse pela filosofia fez com que ela cultivasse contato com nomes importantes para essa área, nomes esses que apreciavam suas obras em suas mais distintas fases.

No ano de 1951 Myrrha Dagmar Dub participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo, o que faz com que seu trabalho se torne reconhecido no Brasil.

Em 1953, quando passa a residir em São Paulo, ela conhece Knut Schendel, quem viria a ser seu marido e pai do seu único filho. Assim, ela começa, então, a usar o sobrenome Schendel. Assim, passando a assinar suas obras com o nome de Mira Schendel.

 

As obras de Mira Schendel

Mira começa a desenhar usando papel de arroz (o que é conhecido como Monotipias) em 1960 e seis anos mais tarde, em 1966, ela cria a série intitulada de “Droguinhas”, na qual fez uso de papel de arroz que fora trançado retorcido. Essa série foi apresentada na Galeria Signals em Londres, Inglaterra, por conta de uma indicação de Guy Brett (crítico de arte). Ainda em 1966, Mira vai para Veneza, Milão e também Lisboa e Sttutgart.

Cabe dizer que no papel arroz Mira organizava letras manuscritas ou tipos impressos.

Dois anos mais tarde, ela passa a usar o acrílico em suas obras, sendo que as mais conhecidas com o uso desse material foram “O Toquinho” e “Objetos Gráficos”.

E entre 1970 e 1971, Mira Schendel faz 150 cadernos que são desdobrados em diversas séries.

No dia 24 de julho de 1988, aos 69 anos, a artista Mira Schendel morre em São Paulo. Depois da sua morte, houveram muitas exposições onde suas obras eram apresentadas, tanto dentro quanto fora do Brasil. No ano de 1994 foi lhe dedicada uma sala especial na 22ª Bienal Internacional de São Paulo.

Suas obras foram doadas para o Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP) pelo marchand Paulo Figueiredo.