Mário Quintana

Mário de Miranda Quintana, mais conhecido como Mário Quintana, foi um jornalista, tradutor e poeta brasileiro.

Mário Quintana

Quintana é considerado como um dos principais poetas do século XX.

 

Sobre sua vida

Nascido em 30 de julho de 1906, em Alegrete, no Rio Grande do Sul, Mário de Miranda Quintana teve como pais Virgínia de Miranda Quintana e o farmacêutico Celso de Oliveira Quintana. Foi com seus pais que ele teve suas primeiras aulas de francês.

Foi ainda em sua cidade natal que ele iniciou seus estudos, na Escola Elementar. Estudou depois na escola onde lecionava o mestre Antônio Cabral Beirão.

Com 13 anos ele vai morar em Porto Alegre e passa a estudar no Colégio Militar do município. Foi a partir dessa época que Mário Quintana publicou os seus primeiros versos, esses versos foram publicados na revista literária feita pelos alunos do colégio.

No ano de 1924 ele deixa o Colégio Militar de Porto Alegre e passa a trabalhar na livraria Globo. Seu trabalho na livraria dura apenas três meses. É quando ele retorna para Alegrete e lá vai trabalhar na farmácia do seu pai.

No ano de 1926 ele perde a sua mãe e no ano seguinte o seu pai. Ainda em 1926 ele foi premiado num concurso de contos do jornal Diário de Notícias, de Porto Alegre, concurso no qual participou com “A Sétima Passagem”.

Quintana nunca teve filhos e nem se casou. Durante toda a sua vida ele vivei em hotéis. Entre 1968 até 1980 ele viveu no Hotel Majestic, localizado no centro histórico de Porto Alegre. Mas no período em que trabalhava no jornal Correio do Povo ele foi demitido, devido ao jornal estar passando por dificuldades financeiras. Foi aí que ele também foi despejado, pois não conseguiu pagar o aluguel.

O ex-jogador de futebol Paulo Roberto Falcão então lhe cedeu um pequeno quarto num hotel de sua propriedade: o Hotel Royal. Tempos depois uma amiga conseguiu um apartamento no Porto Alegre Residence, ali ele viveu até sua morte.

 

Sua carreira

Mário Quintana começou a trabalhar em 1929 como tradutor, nessa época ele trabalhava no jornal O Estado do Rio Grande. Seus versos foram publicados na Revista Globo e o Correio do Povo no ano de 1930.

Ainda em 1930 o jornal Estado do Rio Grande encerra suas atividades (quando ocorre a Revolução de 1930) e Quintana vai para o Rio de Janeiro onde ingressa no 7º. batalhão de Caçadores de Porto Alegre como voluntário. Após seis meses ele volta para Porto Alegre e retoma suas atividades no jornal O Estado do Rio Grande.

Pouco mais de 2 anos depois ele publica sua primeira tradução, o livro intitulado de “Palavras e Sangue” (obra do escritor Giovanni Papini). Ao longo de sua vida, o escritor, poeta e jornalista Mário Quintana traduziu diversos autores como Emil Ludwig, Voltaire, entre outros.

O primeiro livro de poesias de Quintana, qual fora publicado no ano de 1940, foi “A Rua dos Cataventos”. Ali ele despontava como poeta e escritor de obras infantis.

As famosas “Agendas Poéticas” de Mário Quintana, publicadas em 1988, fizeram um enorme sucesso. Nessas agendas o poeta e autor escrevia um texto para cada um dos dias do ano.

 

Premiações e reconhecimentos

Algumas premiações que o poeta, tradutor e escritor brasileiro recebeu foram o prêmio Machado de Assis da ABL e também o Prêmio Jabuti.

Por três vezes ele tentou conseguir uma cadeira na Academia Brasileira de Letras, mas em todas não obteve os votos suficientes. Quando foi convidado a tentar uma quarta vez (com promessas de que todos os votos seriam unânimes) ele recusou.

O poeta Mário de Miranda Quintana faleceu em 5 de maio de 1994, aos 87 anos, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.