Mário de Sá-Carneiro

Mário de Sá-Carneiro foi um contista e também poeta português. Ele foi responsáveis por difundir o modernismo em Portugal.

Mário de Sá-Carneiro

A obra de Carneiro possui um importante papel na literatura portuguesa e, também, ele foi um dos membros mais renomados da chamada Geração d’Orpheu.

 

Sobre sua vida

Mário de Sá-Carneiro nasceu em 19 de maio do ano de 1890 na cidade de Lisboa, Portugal. Teve como pais o engenheiro Carlos Augusto de Sá-Carneiro e Águeda Maria de Sousa Peres Marinello.

Com apenas dois anos de idade Mário fica órfão de mãe e passa a morar com seus avós na Quinta da Vitória, na freguesia de Camarate, foi ali onde ele passou boa parte de sua infância.

No ano de 1900, quando tinha por volta de 10 anos, ele ingressa no Liceu de Lisboa. E com apenas 12 anos ele começa a escrever as suas primeiras poesias. Foi no liceu que ele também teve algumas experiências com atuação.

Com seus 15 anos ele redigiu e também imprimiu o jornal satírico intitulado de “O Chinó”. E, ainda nessa época, ele começava a traduzir Victor Hugo, no ano seguinte ele traduzira Johann Wolfgang von Goethe e também o poeta Friedrich Schiller.

Mário de Sá-Carneiro também publicou pequenos contos na revista conhecida como “Azulejos” em 1908.

Já com por volta de 20 anos, em 1910, ele escreve a peça “Amizade” (uma parceria com seu amigo Thomas Cabreira Júnior. Thomas suicida-se no ano seguinte e Mário então escreve o poema “A Um Suicida”, o dedicando ao amigo.

No ano de 1911, Mário ingressa na Faculdade de Direito de Coimbra, contudo ele não conclui o curso. No ano seguinte ele conhece o poeta Fernando Pessoa e com ele cria uma amizade. Também em 1912, ele ingressa novamente no curso de Direito, mas dessa vez vai estudar em Paris, tendo o apoio financeiro de seu pai. É nessa época que ele publica o livro “Princípio”, um livro de contos.

 

Mais sobre as suas obras

Tendo uma vida curta, foi entre 1912 e 1916 que o poeta Mário de Sá-Carneiro escreveu suas principais obras. E, ainda assim, ele deixou uma enorme contribuição para a literatura portuguesa.

Alguns de seus livros são: Princípio (novela publicada em 1912), um livro de memórias intitulado de “Memórias de Paris” que ele publicou em 1913, A Confissão de Lúcio (romance publicado em 1914), entre outros.

Mário também trocou muitas correspondências com Fernando Pessoa, inclusive, elas foram organizadas tempos mais tardes (após sua morte) e foram lançados dois livros, um em 1958 e um em 1959.

Uma das principais características das poesias de Mário eram os toques de sarcasmo e a ironia, já que o poeta era alguém com um humor instável, um tanto quanto narcisista e também influenciou no seu comportamento o sentimento de abandono qual ele carregara.

Em seus últimos dias, Mário vivera uma vida bastante conturbada. Trocando muitas correspondências com o poeta Fernando Pessoa, ele, muitas das vezes, chegava a relatar ao amigo que cometeria suicídio e cumpriu o que houvera dito.

No dia 26 de abril de 1916, aos 26 anos, o poeta Mário de Sá-Carneiro suicidou-se no Hotel de Nice, em Paris, após consumir vários frascos de estricnina. Alguns dias antes de cometer suicídio, Mário havia escrito uma carta para Pessoa, a qual levava o título de “Meu Querido Amigo”.