Mariana Coelho foi uma escritora, ensaísta, educadora, jornalista e poetisa portuguesa.
Ela se naturalizou no Brasil em 1939 e tornou-se tempos depois uma das pioneiras do feminismo no País.
Sobre sua vida
Mariana Coelho nasceu no dia 10 de setembro de 1857 em Sabrosa, Distrito de Vila Real, em Portugal.
Seus pais foram Manoel Antonio Ribeiro Coelho (um farmacêutico) e de Maria do Carmo Teixeira Coelho, tendo ainda mais outros dois irmãos: Teixeira Coelho e Thomaz Coelho, ambos mais tarde também poetas como ela.
Mariana possui uma relação muito profunda com o Distrito de Vila Real, sendo que boa parte de sua vida ela passou na Quinta de Valcovo, qual fica em Vila Real.
No entanto, no ano de 1892 ela, sua mãe e seus irmãos imigraram para o Brasil, onde fixaram residência em Curitiba, na casa de um tio (o comerciante José Natividade Teixeira de Meirelles).
Sobre seus trabalhos
Mariana Coelho foi educadora, tendo fundado e sido diretora do colégio Colégio Santos Dumont, um colégio apenas para garotas. Também, ela fundou a Escola Profissional República Argentina, sendo diretora ali.
O Colégio Santos Drummond recebeu medalha de ouro na Exposição Nacional Comemorativa do 1º Centenário da Abertura dos Portos do Brasil de 1908, evento que aconteceu no Rio de Janeiro. Tempos depois a mesma fora visita por Santos Drummond, mas especificamente no ano de 1916, quando esse passou pelo estado do Paraná.
Ainda em 1908 ela publica o livro “O Paraná Mental”, o qual teve o prefácio de Rocha Pombo. Por esse livro ela recebeu a Medalha de Prata na mesma Exposição Nacional que ocorrera nesse ano.
Como escritora, Mariana Coelho publicou poesias, contos, artigos, realizou traduções e também publicou livros de estudos de história da literatura. Mas ela ainda atuou como crítica literária e de crítica de vários outros tipos de artes.
As obras de Mariana são conhecida pelo esmero estético e intelectual.
Mariana participa do 3° Congresso de Geografia do Estado do Paraná, no ano de 1911. No evento, ela foi a única mulher entre os representantes do Paraná. E ali ela apresentou um discurso que foi bastante aplaudido.
Como defensora do feminismo, ela ainda publicou uma obra sobre isso, sendo a mesma intitulada de “A evolução do feminismo”, um obra pioneira sobre o tema e que foi publicada em 1933.
Em 1935 a poetisa e professora publica a obra “Um Brado de Revolta contra a Morte Violenta”.
Foi no ano de 1939 que ela naturalizou-se como brasileira. Ela ainda fez parte de várias entidades literárias, tais como o Centro de Letras do Paraná.
Outras obras de Mariana viriam nos anos seguintes, como o livro de contos de fantasias intitulado de “Cambiantes” (publicado em 1940).
Como jornalista, Mariana colaborou com jornais da cidade de Curitiba e também revistas dali.
Mariana Coelho tornou-se Patrona da cadeira de número 30 da Academia Paranaense da Poesia, sendo ainda Patrona da cadeira número 28 da Academia Feminina de Letras do Paraná.
No dia 29 de novembro de 1954, aos 97 anos, Mariana Coelho falece em Curitiba, Paraná.