Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho, mais conhecido como Manuel bandeira, foi um professor de literatura, tradutor, crítico de arte e poeta brasileiro.
Bandeira fez parte da primeira geração modernista brasileira, a geração de 1922. As suas obras são caracterizadas pela exploração de temas como melancolia e assuntos do dia a dia.
Sobre sua vida
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho nasceu no dia 19 de abril de 1886, em Recife, Pernambuco.
Manuel Bandeira teve como pais o engenheiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira e Francelina Ribeiro de Sousa Bandeira. E seu avô paterno foi o deputado geral da 12ª legislatura, advogado e professor da Faculdade de Direito do Recife, Antônio Herculano de Sousa Bandeira.
Quando tinha dez anos ele e sua família se mudaram para o Rio de Janeiro e lá ele começou a estudar no Colégio Pedro II de 1897 a 1902. Tempos depois ele forma-se em Letras.
Em 1903, sua família se muda para São Paulo e lá ele passa a estudar Arquitetura na Faculdade Politécnica em São Paulo. Mas por ter contraído tuberculose ele precisa abandonar o curso.
A fim de tratar a doença, Manuel Bandeira tira um tempo de repouso em Campanha, Teresópolis e em Petrópolis. Tempos depois, ele, com a ajuda do pai que reuniu todas as economias, viaja para a Suíça para se tratar no Sanatório de Clavadel. Lá ele permanece de 1913 a 1914, tendo como colega o também poeta Paul Eluard.
Sobre suas obras
Por conta da Primeira Guerra Mundial, Manuel Bandeira permanece na Suíça por apenas um ano, tratando a tuberculose, retornando ao Brasil em seguida.
De volta em solo brasileiro, Bandeira então dedica-se a literatura, qual era sua verdadeira paixão. Ele publica seu primeiro livro “A Cinza das Horas”, em 1917, onde foram reunidos poemas que escrevera enquanto tratava a doença. Houve desse livro uma edição com 200 exemplares, sendo tudo custeado pelo próprio Bandeira.
No ano seguinte ele publica outro livro de poesias “Carnaval”, tendo nesse poemas famosos como “O sapo”.
Ele também atuou como fiscal de bancas examinadoras de preparatórios na cidade de Recife.
No ano de 1935 Manuel Bandeira recebe a nomeação de federal do ensino. No ano seguinte é publicada uma coletânea em homenagem ao poeta: “Homenagem a Manuel Bandeira”, onde fez-se um estudo de suas obras, tendo assinatura de alguns dos maiores críticos do país naquela época. E isso serviu para que Bandeira alcance mais destaque com suas obras.
Foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 1940 e depois fora nomeado como professor de Literaturas Hispano-Americanas na Faculdade de Filosofia da Universidade do Brasil.
Mas além disso, ele ainda foi professor de literatura no Colégio D. Pedro II entre os anos de 1938 a 1943.
Foi também crítico de arte (tendo uma inclinação pelas igrejas coloniais da Bahia e Minas Gerais e pela arquitetura dos conventos também) crítico de literatura e historiador literário.
No dia 13 de outubro de 1968, aos 82 anos, Manuel Bandeira falece no Rio de Janeiro devido a uma hemorragia gástrica. Seu corpo foi sepultado no Cemitério São João Batista, no mausoléu da Academia Brasileira de Letras, no túmulo de número 15.