Lya Fett Luft, mais conhecida apenas como Lya Luft, é uma escritora, poeta e também tradutora brasileira.
Ela também é professora aposentada da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e já atuou como colunista da Revista Veja.
Lya Luft: sobre sua vida
Nascida em 15 de setembro de 1938, em Santa Cruz do Sul, Rio Grande do Sul, Lya Fett Luft descendente de alemães, tendo sua cidade natal sido colonizada por alemães, e desde cedo aprendeu o idioma. Ainda na infância ela já recitava poemas de autores como Göethe e Schiller.
Na fase da juventude, conta-se que Lya Luft era uma garota bastante rebelde e que gostava de contestar. Não queria aprender a bordar e nem a cozinhar. Ela chegou até mesmo a ser mandava para um colégio interno por dois meses.
Quando completa seus 19 anos, ela então converte-se ao catolicismo, em contrariedade aos pais que eram luteranos.
Tempos mais tarde ela passa a morar em Porto Alegre, sendo lá onde ela conclui seus estudos. Ela se formou em Pedagogia e Letras Anglo-Germânicas Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS).
Início da carreira de tradutora
Concluindo os estudos na PUC-RS, Lya começa a trabalhar com a tradução de obras em alemão e também em inglês, nesse época, alguns autores que ela traduzira foram: Hermann Hesse, Virginia Wolf, Doris Lessing, Reiner Maria Rilke, wntre outros.
É da tradução onde ele tira a maior parte do seu sustento, segundo ela mesma contara. Por isso, ela considera a tradução como a sua verdadeira profissão. Lya Luft já traduziu mais de cem livros para a língua portuguesa.
Quando tinha 21 anos ela conhece o que viria a ser seu primeiro marido: o linguista e irmão marista Celso Pedro Luft, que era cerca de 19 anos mais velho que ela. Em 1963 eles se casam e tem três filhos: Suzana, André e Eduardo.
Entre 1970 e 1982 Lya trabalhou como professora de Linguística na Faculdade Porto-Alegrense.
Recebe o título de mestre em Linguística pela PUC-RS, no ano de 1975. Três anos depois ontem o título em Literatura Brasileira pela Universidade Federal pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).
Paralelamente a sua carreira como tradutora, ela também atua como colunista da Revista Veja e do Correio do Povo.
Sobre suas obras
Lya começou a escrever seus primeiros poemas em 1960, sendo que eles foram reunidos anos mais tarde num livro intitulado de “Canções do Limiar”, lançado em 1964. O lançamento do seu segundo livro de poemas (“Fruta Doce”) aconteceu apenas em 1972, cerca de outo anos após o primeiro.
Seis anos após o lançamento do seu segundo livro de poemas, Lya lança uma coletânea de contos: “Matéria do Cotidiano”. Esse foi o seu primeiro livro de contos.
O próximo livro lançado pela escritora e tradutora agora seria um romance, lançado no ano de 1980, o livro fora intitulado de “As Parceiras”. No ano seguinte ela lança outro livro de romance: “Asa Esquerda do Anjo”, seguido pelo terceiro livro de romance intitulado de Reunião de Família, lançado em 1982. Esse último livro fora lançado nos Estados Unidos em 1985 com o título de “The Island of the Dead”.
Prêmios e reconhecimentos
No ano de 1966 Lya recebe o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.
No ano de 2001 ela ganha o Prêmio União Latina de Melhor Tradução Técnica e Científica, devido ao seu trabalho em “Lete: Arte e Crítica do Esquecimento” de Harald Weinrich.
Em 2013 Lya recebe, pela Academia Brasileira de Letras, o Prêmio Machado de Assis, por sua obra “O Tigre na Sombra” (2012), sendo que essa obra ainda foi eleita a melhor na categoria ficção no período. E em 2014 ela ganha o Prêmio ABL de ficção, romance, teatro e conto.