Joaquim Lúcio Cardoso Filho, mais conhecido como Lúcio Cardoso, foi um escritor, poeta, artista plástico e dramaturgo brasileiro.
Conhecido por obras que continham uma escrita que se associava a literatura psicológica, sendo autor de obras como a cultuada “Crônica da Casa Assassinada”.
Sobre sua vida
Joaquim Lúcio Cardoso Filho nasceu em Curvelo, Minas Gerais, no dia 14 de agosto de 1912. Ele teve como pais Joaquim Lúcio Cardoso e Maria Wenceslina Alves de Souza.
Teve mais cinco irmãos, dentre os quais a escritora Maria Helena Cardoso e Adauto Lúcio Cardoso (deputado federal pela União Democrática Nacional e mais tarde também foi ministro do Supremo Tribunal Federal).
Em 1913 ele muda-se com sua família para Belo Horizonte, sendo ali onde iniciou seus estudos no Grupo Escolar Barão do Rio Branco. Por cerca de 10 anos ele permaneceu ali, mudando-se com sua família para o Rio de Janeiro em 1923.
No Rio ele permanece por pouco tempo, retornando para belo Horizonte no ano seguinte. Lá ele passa a estudar no Colégio Arnaldo. Mas regressa para terras cariocas em 1929.
Lúcio Cardoso não é dos melhores alunos da escola, na realidade ele era considerado um péssimo aluno. Mas ele tinha um gosto pela leitura, lendo toda obra que caia em suas mãos, tais como os contos de Hoffmann e os romances de Conan Doyle.
Foi ainda na época em que estudava que ele elaborou a sua primeira peça: “Reduto dos Deuses”.
Começo de carreira
Quando Lúcio Cardoso matricula-se no Instituto Superior de Preparatórios, então conhece Nássara e José Sanz. Com Sanz ele passa a redigir o jornal A Bruxa, publicando novelas policiais.
Tempos depois ele começa a publicar romances em jornais. Nesse período ele conhece o poeta Augusto Frederico Schmidt. Augusto tinha uma editora no mesmo edifício em que ele trabalhava.
Com Sara Rosa, quem conheceu em 1932, Lúcio funda a Sua Revista, mas o projeto parece não ter saído como o esperado e eles publicam apenas uma única edição.
Lança os romances Maleita (em 1934) e Sagueiro, sendo que esse primeiro foi muito bem recebido pela crítica.
Já o romance “Salgueiro” (publicado em 1935) era uma obra voltada a um tema social, o qual atendia ao que as pessoas gostavam de consumir naquela época. Mas o seu reconhecimento mesmo surgiu com a publicação de “A Luz no Subsolo”, livro lançado em 1936. Essa obra lhe rendeu uma carta de elogio enviada por Mário de Andrade.
Depois disso ele lança mais alguns livros de poesias e novelas, mas é quando ele publica Crônica da Casa Assassinada em 1959 que sua carreira tem uma nova reviravolta.
Outro projeto foi o Diário I que foi publicado em 1961. A intenção era ter mais outros desses diários, indo até o V, mas devido a um derrame cerebral sofrido por Lúcio em 1962 o projeto não teve continuação, pois isso o impediu de escrever.
No ano de 1966 Lúcio teve seu trabalho reconhecido pela Academia Brasileira de Letras e recebeu o prêmio Machado de Assis.
No dia 28 de setembro de 1968, aos 56 anos, Lúcio Cardoso falece na Clínica Doutor Eiras, no Rio de Janeiro, por conta de um derrame cerebral.
A sua irmã dedicou o livro “Vida Vida” no ano de 1973 sobre a doença e morte de Lúcio.