José Bonifácio de Andrada e Silva, mais conhecido como José Bonifácio, foi um naturalista, político, estadista e poeta luso-brasileiro.
Nascido em 13 de junho 1763 na cidade de Santos, São Paulo, Bonifácio veio de uma família com elevadas condições financeiras.
Foi um prestigiado professor universitário e também doutor em filosofia em Portugal. Mas além disso, ele também atuou como metalurgista e fundou a primeira metalúrgica lusitana.
Com as suas ideias e também a influência que tinha na política, Bonifácio tornou-se uma figura importantíssima para a Independência do Brasil. Por isso ele passou a ser conhecido também como o “Patriarca da Independência”.
Sobre sua vida e trajetória
Filho do comerciante Bonifácio José Ribeiro de Andrada e de Maria Bárbara da Silva (prima do seu pai), ele veio de uma família rica, sendo que seu pai era um dos homens mais abastados da cidade de Santos.
O seu pai tinha talento como mercador, tanto é que ele foi o primeiro professor de Bonifácio. No entanto, como em Santos não se tinham muitas oportunidades de estudos, ele se mudou para São Paulo no ano de 1777.
Foi em São Paulo que José Bonifácio iniciou os estudos preparatórios para ingressar na universidade de Coimbra, em Portugal.
O seu objetivo era seguir carreira eclesiástica, mas no Brasil não existiam universidades para isso e nem prelo. Assim, no ano de 1783 ele segue para Portugal para se matricular na universidade de Coimbra. Lá ele faz cursos de matemática, filosofia natural e estudos jurídicos.
De volta ao Brasil em 1819, após 30 anos vivendo na Europa, dois anos mais tarde ele torna-se presidente da junta governamental de São Paulo. Tempos depois, ele passa a atuar como assessor e também como ministro de D. Pedro, ao lado do seu irmão.
No Brasil, foi figura essencial para a Independência, tendo atuado no controle da constitucionalidade. Escreveu sobre a necessidade da abolição da escravidão e também levantava discussões sobre civilização dos índios.
Em 1790 ele casou-se com uma irlandesa e tiveram duas filhas. Quando ele retornou ao Brasil, em 1819, traz consigo uma filha ilegítima.
José Bonifácio, o poeta
Uma das coisas de que gostava muito era de ler. Inclusive, ele escreveu alguns poemas. Gostava de ler materiais de diferentes autores como Rousseau, Camões, Voltaire, Montesquieu, Horácio, Pope, entre outros.
Foi quando ainda era um estudante que ele começou a lutar em prol da civilização dos índios e da abolição do tráfico e a da escravidão de negros. E ele se empenhou, tempos depois, nessas duas questões.
Ode, Ausência, Calabar, Ode aos Baianos, Saudade e Improvisado são alguns dos seus poemas.
Mas além da política e da poesia, ele também se interessava pela mineralogia, se tornando mais tarde um naturalista com reconhecimento a nível mundial. Foi devido aos empenhos dele que alguns minerais foram descobertos, tais como a petalita.
Homenagens a José Bonifácio
No ano de 2018, em 11 de janeiro, ele foi reconhecido como Patrono da Independência do Brasil, através da Lei no 13.615/2018.
Pelo Brasil, existem alguns monumentos construídos em homenagem a José Bonifácio, como o monumento na praça em Pelotas (RS) que leva o seu nome e a uma estátua na câmara principal no centro histórico de Santos, onde estão seus restos mortais.
Em seus últimos dias, ele abandonara a política e passou a viver recluso em sua casa, localizada na ilha de Paquetá, na Baía de Guanabara. Em Niterói, no dia 6 de abril 1838, aos 75 anos, José Bonifácio vem a falecer.