Gilka Machado

Gilka Machado é como é conhecida a poeta brasileira Gilka da Costa de Melo Machado.

Gilka Machado

No Brasil, Gilka é considerada como a maior figura feminina representante do movimento literário da poesia conhecido por “Simbolismo”. Ela também é conhecida por ser uma das primeiras mulheres no Brasil a publicar poesias eróticas, com poemas que expunham os desejos carnais da mulher no país.

 

Sobre sua vida

Gilka da Costa de Melo Machado nasceu no dia 12 de março de 1893, no Rio de Janeiro. Seus pais foram o poeta Hortêncio da Gama Souza Melo e a atriz de teatro e radioteatro Thereza Christina Moniz da Costa. Daí haveria surgido o interesse de Gilka pelas artes.

O avô materno dela era também poeta, mas um poeta repentista. Ela era Francisco Moniz Barreto, patrono da cadeira de número 13 da Academia de Letras da Bahia e também militar. O seu avô foi o autor do livro “Clássicos e Românticos”.

Desde criança que Gilka nutria um grande interesse pela poesia. Assim, com seus 13 para 14 anos ela venceu um concurso promovido pelo jornal A Imprensa, tendo conquistado não apenas o primeiro, mas também o segundo e o terceiro lugar com seus poemas (poemas quais foram assinados com seu nome e com pseudônimo).

Gilka é também conhecida por haver deixado a crítica escandalizada e ter recebido dela o nome de  “matrona imoral”, por conta dos seus poemas eróticos.

 

Sua carreira

A obras da poeta Gilka Machado foram pouco conhecidas, no entanto, nos últimos anos vem crescendo o interesse por elas depois que pesquisadores as estão resgatando.

O primeiro livro dela foi publicado no ano de 1915, sendo um livro de poesias que recebeu o título de “Cristais Partidos”. Nessa época ela casada com o também poeta Rodolfo de Melo Machado. Esse livro teve prefácio escrito por Olavo Bilac, o qual fora esnobado por tal feito.

Já no ano seguinte, em 1916, ela publica “A Revelação dos Perfumes”, no Rio de Janeiro. Nos anos que se seguem ela continua publicando outras obras, tais como o livro “Estado de alma” (publicado em 1917), Mulher Nua (publicado em 1922), entre outros.

No ano de 1932 foi publicada a antologia Sonetos y Poemas de Gilka Machado, em Cochabamba, Bolívia. Essa teve prefácio feito por Antonio Capdeville.

Mas além de Gilka Machado fazer exaltações aos desejos femininos, ela também fizera algumas duras críticas, muitas das quais focadas o machismo no país.

No ano de 1933 Gilka ganha o concurso da revista O Malho, sendo reconhecida como a maior poeta brasileira do século XX.

E o seu trabalho não pararia. Nos anos seguintes ela lança outros livros de poesia, tais como: Sublimação (em 1938), Meu Rosto (publicado em 1947), Velha Poesia (1968) e em 1978 ela editada “Poesias Completas”, tendo esse livro recebido uma reedição em 1991.

Gilka também fez parte do grupo de mulheres que fundou o Partido Republicano Feminino no ano de 1910. Esse partido lutava pelo direito da mulher em votar.

As obras de Gilka são também conhecidas por conterem uma grande sensibilidade.

No dia 11 de dezembro de 1980, aos 87 anos, Gilka da Costa de Melo Machado falece no Rio de Janeiro.