Francisco Marques de Sousa Viterbo foi um historiador, arqueólogo, jornalista e poeta português.
Viterbo tornou-se notório dentro e fora de Portugal pelos seus trabalhos na área da arqueologia e também por seus trabalhos históricos.
Sobre sua vida
Francisco Marques de Sousa Viterbo nasceu em 29 de dezembro de 1845, na freguesia de São Nicolau, em Porto, Portugal. Ele teve como pais o comerciante Henrique de Sousa e Maria Marques da Nova.
Seus pais queriam que ele seguisse a vida eclesiástica, assim, ele foi estudar no Seminário Episcopal do Porto. Mas como não tinha pretensão de seguir para esse caminho, ele foi para Lisboa e lá foi estudar Medicina na Escola Médico-Cirúrgica, formando em 1876.
Em paralelo a isso ele passou a trabalhar com jornalismo para garantir seu sustento. Mesmo tendo se formado em medicina, ele não seguiu com essa carreira.
Na época em que ele era seminarista, passou a publicar poesias em revistas e jornais literários em Porto, Lisboa e também em Coimbra.
Sobre a sua carreira
Foi em Porto que Viterbo passou a atuar como redator. Lá ele adquiriu verba para custear seus estudos em Lisboa.
Alguns dos jornais com os quais ele possuía ligação foram: Jornal do Porto, Jornal da Manhã, Comércio Português, O Pirilampo (jornal de sátiras), entre outros. Foi em Porto também onde ele foi redator do “A Mocidade” e atuou ainda na revista República das Letras.
Viterbo acreditava na bondade do ser humano e levava consigo valores como solidariedade e respeito uns para com os outros, além, claro, do seu sentido de justiça social.
Algumas das razões que levaram o português a abandonar a medicina e dedicar-se ao ensino foram o seu interesse pela área das artes e da arqueologia e também, há quem acredite, o envolvimento que o mesmo tinha com a imprensa e possivelmente problemas de saúde enfrentados por ele.
De 1897 até 1901, Francisco Marques de Sousa Viterbo passa a integrar a comissão de redação do jornal intitulado de “Jornal da Sociedade das Ciências Médicas”.
Como poeta, ele é conhecido por adotar o estilo Parnasiano em suas obras, a exemplo isso tem-se a obra “Rosas e Nuvens”.
De entre as obras publicadas como historiador, destacam-se: Arte e Artistas em Portugal e também Contribuição para a História das Artes e Indústrias Portuguesas.
Mas ele ainda é reconhecido pelo seu trabalho na área da biografia, tendo sido o responsável por dados biográficos de figuras como Gil Vicente e Damião de Góis. Ele ainda publicou estudos sobre médicos portugueses (algo que foi importante para a história da medicina no país).
A sua capacidade de produção era tão incrível que ele podia trabalhar em suas obras enquanto realizava colaborações.
Viterbo também foi fundador da Associação de Jornalistas e Escritores Portugueses. Até os últimos dias de sua vida ele seguia na ativa, tendo atuado como redator do Diário de Notícias por uns bons anos.
Francisco Marques de Sousa Viterbo faleceu no dia 29 de dezembro de 1910. Ele vinha enfrentando uma doença que pouco a pouco acometia sua visão e causava paralisia de seus membros.
