Francisco Manuel de Melo

Francisco Manuel de Melo foi um escritor, poeta, político, pedagogo e militar português. Ele é considerado uma das figuras mais importantes do século XVII para Portugal.

Francisco Manuel de Melo

Mas ele, que também foi autor de teatro e dedicou-se a epistolografia, ainda possuíra um importante papel na história literária e política da Espanha.

 

Sobre sua vida

Francisco Manuel de Melo nasceu em Lisboa no dia 23 de Novembro de 1608. Descendendo de uma família nobre, ele teve como pai o militar Luís de Melo, qual faleceu em 1615 na ilha de São Miguel quando Francisco tinha apenas 7 anos.

Sua mãe foi Dona Maria de Toledo de Maçuellos e ela era filha de um “alcalde mayor” (uma espécie de autoridade máxima da época) de Alcalá de Henares, sendo ainda neta de Duarte Nunes de Leão, um cronista e também gramático português.

Francisco teve também uma irmã chamada de Isabel.

Nos estudos, ele cursou Humanidades no Colégio de Santo Antão e depois passou a dedicar-se ao estudo da Matemática, pois seu objetivo era seguir os passos do pai na carreira militar.

 

Carreira militar, obras literárias e prisão

Como militar, Francisco serviu na armada espanhola em Flandres e também na Catalunha. E um dos acontecimentos nesse período foi que ele quase naufragou no Golfo da Biscaia em 1627, enquanto ele servia na esquadra comandada por Manuel de Meneses. Esse episódio foi descrito em sua obra “Epanáfora Trágica”.

No ano seguinte a isso Francisco publicou alguns sonetos.

Ainda em sua carreira militar, no ano de 1629 ele combateu e venceu corsários turcos num combate no Mar Mediterrâneo.

Tempos depois, em 1631, ele recebe a ordem de Cristo entregue por Filipe IV de Espanha. A partir daí ele mantém ferrenha presença na corte de Madrid e devido a isso ele conseguiu conhecer vários intelectuais.

No ano de 1637 ele participou de um movimento com o intuito de pacificar a revolta de Évora, algo que objetivava restaurar Portugal. E assim que tal movimento fora declarado pelo rei João IV, em seguida a coroa da Espanha manda que prendam Francisco tendo como acusação o seu envolvimento na revolução que ocorrera em Portugal e também na morte de Francisco Cardoso.

Por um lado uns dizem que o caso foi devido a motivos políticos, por outro lado defende-se que tudo não passou de um crime passional ocasionado por um suposto envolvimento de Francisco e do rei João IV com a esposa do Conde de Vilanova de Portimão, onde fora gerada uma inimizade entre João IV e Francisco também.

Ele permaneceu preso até 1655 e foi na prisão onde escreveu muitas de suas obras conhecidas. A condenação impunha que ele fosse exilado na África, mas depois fora conseguido que ele fosse enviado para a Bahia, onde permaneceu por três anos.

 

Mais sobre suas obras

Com a publicação de “Obras Métricas” em 1655 o poeta e escritor mostrava ali que ele seria um representante digno do estilo barroco, sendo que nelas eram apresentadas as influencias também do renascimento.

Seus trabalhos compreendem novelas, comédias, escritos para teatro, poemas e versos com temas que remetiam ao moralismo e a política e, até mesmo, crê-se que ele haveria escrito algumas sátiras, no entanto essas teriam se perdido.

Na parte de suas obras voltadas para o teatro, ele costumava adaptar muitas coisas que eram feitas na Espanha.

Ele ainda foi responsável por projetar uma Biblioteca Lusitana de Autores e um Parnaso Poético Português.

O dia da morte de Francisco Manuel de Melo é algo que não se tem data correta, há quem diga que foi em 24 de agosto e há quem diga que foi em 13 de outubro, mas o que é certo é que foi no ano de 1666 em Alcântara, Lisboa.