Francisco Alvim

Francisco Soares Alvim Neto, mais conhecido como Francisco Alvim, é um poeta e também diplomata brasileiro.

Francisco Alvim

Ele fez parte, juntamente com Geraldo Carneiro, Cacaso, Roberto Schwarz e Chacal, do grupo Frenesi, grupo esse formado pelos que eram chamados de “poetas marginais”.

 

Sobre sua vida

Filho de Fausto Figueira Soares Alvim (um advogado) e de Mercedes Costa Cruz Alvim, Francisco Soares Alvim Neto nasceu no município de Araxá, Minas Gerais, no ano de 1938.

Foi na adolescência que Alvim começou a se interessar por poesia e que escreveu seus primeiros poemas, tendo a influência da sua irmã, a também poeta Maria Ângela Alvim (quem teve um livro publicado em 1950).

Na sua juventude, Alvim viveu um período no Rio de Janeiro e também em Belo Horizonte, mas no ano de 1953 passa a viver de forma fixa no Rio de Janeiro.

No Rio, ele então ingressa na Faculdade de Direito da que atualmente é a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no entanto não conclui o curso. Tempos depois, no ano de 1963, ele ingressa no Instituto Rio Branco, formando-se em 1964. No ano seguinte ele inicia a sua carreira como diplomata.

Através do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty), Francisco Alvim torna-se cônsul-geral do Brasil em Barcelona, Espanha (de 1995 até 1999), e também em Roterdã, na Holanda (de 1999 até 2003). Também, o diplomata brasileiro atua como embaixador na Costa Rica. Mas no ano de 208 ele viria a se aposentar de sua atuação como Ministério das Relações Exteriores.

 

Suas obras publicadas

No ano de 1968 ele publica o seu primeiro livro intitulado de “Sol dos Cegos”. Esse livro marcava o que crítico literário, ensaísta e diplomata José Guilherme Merquior nomeou de primeira geração de poetas “pós-vanguardas”.

Depois de publicar seu primeiro livro, no ano seguinte ele viaja para Paris, França, e por lá fica até 1971. Lá ele atuou como secretário da representação do Brasil junto à Unesco. Nesse período ele também começa a escrever os poemas que fariam parte do seu próximo livro “Passatempo” (publicado em 1974).

O livro “Passatempo” foi lançado pela coleção Frenesi, a mesma responsável por editar livros de nomes como Roberto Schwarz, Cacaso e João Carlos Pádua.

Heloísa Buarque de Hollanda, com sua antologia 26 Poetas Hoje, ajudou a dar visibilidade as poesias de Alvim e de outros poetas daquela época, poesia qual ficara conhecida como “poesia marginal”.

Até o ano de 1981 os livros publicados por Francisco Alvim foram feitos de maneira artesanal. Nesse ano a editora Brasiliense reúne os poemas do poeta mineiro no livro que ficou intitulado de “Passatempo e Outros Poemas”.

No ano 2000 ele publica mais uma obra, a qual fora intitulada de “O Elefante”, obra que foi muito bem recebida pela crítica. Esse livro foi publicado pela Companhia das Letras.

O livro mais atual publicado pelo poeta foi “O Metro Nenhum” (pela Companhia das Letras) em 2011.

 

Prêmios e reconhecimentos

Francisco Soares Alvim Neto recebe em 1988 o Prêmio Jabuti por sua coletânea “Poesias Reunidas” (que reuniu poemas dele que foram escritos de 1968 até 1988).

No ano de 2011 ele ainda ganhou o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte.