Fernando Brant

Fernando Rocha Brant, mais conhecido apenas como Fernando Brant, foi um letrista, poeta e escritor brasileiro.

Fernando Brant

Brant foi um dos fundadores do movimento musical Clube da Esquina, onde músicos jovens da década de 60 (como Milton Nascimento e Beto Guedes) se reuniam para fazer música.

 

Fernando Brant: sobre sua vida

Fernando Rocha Brant nasceu em Caldas, Minas Gerais, em 9 de outubro de 1946. Como seu pai era juiz de direito e servia em várias cidades, sua família mudava-se com frequência.

Até os 5 anos, Brant viveu em Caldas, depois disso ele passa a viver com a família em Diamantina. Tendo entre 9 a 10 anos, ele e sua família (onde ele tinha mais nove irmão) mudam-se novamente, agora vão morar em Belo Horizonte.

É em Belo Horizonte onde o garoto começa sua formação escolar, sendo que sua iniciação na literatura começou na biblioteca de sua casa e sua iniciação musical começou quando ouvia discos e a rádio.

Brant forma-se em direito pela faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Nessa faculdade ele participou do diretório acadêmico e também de jornais.

Depois de se formar, Fernando Brant passa a trabalhar no Juizado de Menores de Belo Horizonte. Ele trabalha depois como jornalista na revista “O Cruzeiro”, tendo se mudado para o Rio de Janeiro por conta desse trabalho. Fernando Rocha Brant também trabalhou numa agencia de publicidade.

 

Sobre sua carreira na música

Na década de 60 Fernando conhece alguns jovens em suas frequentes visitas a bares e cinemas no centro da capital mineira.

É nesse período que ele conhece os irmãos Borges e passa a participar de encontros no apartamento da família Borges com outros artistas como Milton Nascimento, Wagner Tiso e Beto Guedes, os quais formariam, tempos depois, o Clube da Esquina.

No ano de 1967 Fernando Brant escreve a sua primeira letra de música, que foi uma parceria com Milton Nascimento: “Travessia”. Essa música recebe o segundo lugar no II Festival Internacional da Canção da TV Globo (Rio de Janeiro). Depois dessa conquista Fernando torna-se um dos letristas mais importantes do Clube da Esquina, sem contar a parceria que começa a estabelecer com Milton.

No final de 1970 ele, então, tem a música como seu principal meio de sustento.

Em 2001 ele se torna colaborador e também cronista do jornal Estado de Minas. Três anos depois ele faz uma coletânea com seus textos e publica um livro intitulado de “Clube dos Gambás” (editora Record).

Brant ainda gravou dos discos com canções compostas ou adaptadas por ele (como é o caso da versão em português de “Unencounter” de Milton Nascimento). Os discos gravados por ele tiveram canções suas interpretadas por músicos.

No ano de 2006 ele lança o disco “Conspiração dos Poetas” em parceria com Tavinho Moura. O disco teve ainda a participação de sua sobrinha, Mariana Brant.

Até 2010 Fernando Brant atua como presidente da UBC (União Brasileira de Compositores). Já no ano de 2012 ele lança o seu livro intitulado de “Casa Aberta” (um livro de crônicas), pela Editora DuBolsinho.

Outros trabalhos feitos pelo compositor e poeta foram: participação no desenvolvimento da trilha sonora do documentário “Tostão, a Fera de Ouro”, do espetáculo coreográfico “O Último Trem” (em parceria com Milton Nascimento) e também “Fogueira do Divino” (em parceria com Tavinho Moura), entre outros.

Devido a complicações numa cirurgia de transplante de fígado, Fernando Brant morre em 12 de junho de 2015 aos 68 anos.