Fernanda de Castro

Maria Fernanda Teles de Castro de Quadros Ferro, mais conhecida apenas como Fernanda de Castro, foi uma escritora, poetisa e tradutora portuguesa.

Fernanda de Castro

Ela também dedicou-se ao teatro, a literatura infantil e a tradução. Ainda, Fernanda publicou um livro de introdução a botânica.

 

Sobre sua vida

Maria Fernanda Teles de Castro de Quadros Ferro nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 8 de novembro de 1900.

Fernanda perdeu sua mãe quando tinha doze anos. E o seu pai, João Filipe das Dores de Quadros, era um oficial da marinha, assim, a família vivia se mudando e foi assim ao longo da sua infância e início da adolescência.

Seus estudos foram em sua cidade natal, em Portimão e também em Figueira da Foz.

Em 1922 Fernanda casa-se com António Ferro e desse casamento nascem seus dois únicos filhos: Fernando Manuel de Quadros Ferro e o António Quadros. O António foi um filósofo e também ensaísta. Também, Fernanda tivera uma neta, Rita Ferro, quem se destacou como escritora, e um sobrinho-neto, Jorge Quadros, músico.

Fernanda de Castro fundou a Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses juntamente com seu marido e outros. Hoje essa sociedade é conhecida como “Sociedade Portuguesa de Autores”.

Boa parte de sua vida era dedicada a infância e projetos relacionados a essa fase. Inclusive, ela foi quem fundou a Associação Nacional de Parques Infantis, sendo também presidente dessa associação.

Uma mulher muito apegada a religião cristão e, talvez, isso, juntamente com o fato de ter perdido sua mãe muito cedo, tenham sido influenciadores para que ela tivesse uma dedicação grande em projetos voltados para o público infantil.

Ela costumava realizar reuniões culturais em sua casa, o que acabou fazendo com que cultivasse amizade com filósofos, pessoas ligadas a arte e também a figuras da literatura internacional, um exemplo disso seria a amizade que cultivou com o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade.

 

Sobre suas obras

A poesia de Fernanda de Castro não se deixou guiar pelas desventuras da sua época, muito pelo contrário. Sua carreira na literatura começou cedo, sendo suas obras poéticas caracterizadas pela alegria, algo que a fez se destacar.

Em 1919, com por volta de 19 anos, ela ganha o concurso de originais do Teatro Nacional, tendo participado com a peça intitulada de “Náufragos”.

Anos mais tarde ela ganha outro prêmio, dessa vez seria a primeira mulher a receber o “Prémio Ricardo Malheiros” pela Academia de Ciências de Lisboa, prêmio esse recebido pelo seu romance “Maria da Lua”.

Já no ano de 1965 ela torna-se a vencedora do Prémio Nacional de Poesia, sendo essa sua primeira premiação sobre suas obras poéticas.

Ela ainda colaborou com textos em algumas revistas, tais como: lllustração portuguesa, Mocidade Portuguesa Feminina e, ainda, numa revista luso-brasileira intitulada de “Atlântico”.

No ano de 1940 ela recebe o título de oficial da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, do Mérito Científico, Literário e Artístico.

Fernanda de Castro escreveu poesias, romances, peças para teatro, ficções, colaborou em revistas, mas também realizou traduções de peças de teatro.

No dia 19 de dezembro de 1994, aos 94 anos, Fernanda de Castro falece em Lisboa, Portugal.

Ele recebeu uma homenagem da Câmara Municipal de Lisboa em decorrência da sua luta por criar e difundir espaços verdes, assim um jardim da freguesia de Belém, Encosta do restelo, recebeu seu nome.