Dyonélio Machado é como é conhecido o jornalista, escritor, psiquiatra, ensaísta e poeta brasileiro Dyonélio Tubino Machado.
Machado é conhecido por ser um dos expoentes do Modernismo no Brasil em sua segunda geração. Ele ainda foi deputado pelo Partido Comunista Brasileiro (isso antes de ser implementado o Estado Novo).
Sobre sua vida
Dyonélio Tubino Machado nasceu em Quarai, RS, no ano de 1895. Ele teve como pais Sylvio Rodrigues Machado e Elvira Tubino Machado. Quando ele ainda era criança o seu pai fora assassinado.
Órfão de pai, tendo apenas oito anos, em 1903, ele passa a vencer bilhetes de loteria para ajudar a sustentar a família: sua mãe e seu irmão Severino. Tempos depois ele passa a trabalhar como balconista e como instrutor de classes atrasadas em escola pública.
Como monitor de classes atrasadas, ele recebia em troca a possibilidade dele e de seu irmão estudarem na escola sem precisar pagar. Em Quaraí ele funda o jornal O Martelo em 1911.
No ano de 1912 ele muda-se para a cidade de Porto Alegre, tendo lá concluído o secundário. Mas as dificuldades financeiras o obrigam a retornar para Quaraí e lá passa a dirigir o jornal da cidade durante sete anos, tendo também trabalhado como professor numa escola pública.
Em 1921 ele retorna para Porte Alegre e lá funda “A Informação” um jornal ligado ao Partido Republicano, mas o mesmo dura apenas cerca de um ano, isso devido aos ataques que eram dirigidos ao governo central.
Sobre sua carreira
No ano de 1924 ele começa seus estudos em medicina, tendo se especializado em psiquiatria. Em paralelo a isso crescia seu interesse pelo jornalismo e pela literatura também.
Em Porte Alegre ele estuda medicina e no Rio de Janeiro faz sua especialização em psiquiatria. Foi a medicina o trabalho que lhe concedia seu sustento e também de onde vinha inspiração para muitas de suas obras.
No ano de 1927 ele publica o seu primeiro livro de ficção intitulado de “Um Pobre Homem”.
Contudo, duas de suas obras que se tornaram as mais conhecidas foram Os Ratos (publicada em 1935) e O louco do Cati (publicada em 1942). Outras obras vieram como: Endiabrados (publicada em 1980), Fada (de 1982) e Ele vem do fundão (publicada em 1982).
Ele parou com a carreira literária por cerca de 20 anos, retornando apenas em 1966 com a reedição de Os Ratos.
Apesar de ter publicado alguns livros e de ter esses dois como destaques, esse reconhecimento de sua obra viria apenas muitos anos mais tarde, em 1990, e, ainda assim, não com o destaque que a mesma merecia.
Em suas obras existem bastante elementos ligados a psicologia, como é o caso de O louco do Cati e Os ratos.
Como jornalista, Dyonélio Machado colaborou com os jornais Correio do Povo e Diário de Notícias, em Porto Alegre.
Dyonélio Machado também atuou como militante comunista, tendo feito parte do Partido Comunista Brasileiro (PCB). Foi ele ainda o fundador do jornal Tribuna Gaúcha, ao lado de Décio Freitas em 1946. Esse jornal fora o porta-voz do Partido Comunista Brasileiro.
Ele também foi eleito como presidente da seção regional da Aliança Nacional Libertadora (ANL), no Teatro São Pedro, em Porto Alegre. E em 1947 ele se elege como deputado estadual pelo PCB.
No dia 19 de junho de 1985, aos 89 anos, Dyonélio Machado falece em Porto Alegre.