Dora Ferreira da Silva foi uma escritora, poeta, tradutora e ensaísta brasileira. Por três vezes ela foi a ganhadora do Prêmio Jabuti.
O seu trabalho de tradução também recebeu reconhecimento, sendo ela reconhecida como uma importante tradutora.
Sobre sua vida
Dora Ferreira da Silva nasceu em Conchas, município do estado de São Paulo, no dia 1º de julho de 1919.
Infelizmente, são poucas as referências sobre sua vida pessoal. O que se sabe é que Dora teve como marido o filósofo paulista Vicente Ferreira da Silva. E juntamente com seu marido ela fundou e também dirigiu duas revistas: a primeira foi em 1960, revista que era intitulada de “Diálogo” e a segunda revista foi “Cavalo Azul” criada em 1970.
A revista Diálogo foi considerada como uma das mais instigantes no cenário brasileiro daquela época.
Também, cabe destacar que a revista Cavalo Azul era mais voltada para a poesia e também para a literatura. E ela fora criada pela poeta dois anos após a morte de seu marido Vicente (falecido num acidente automobilístico).
A casa onde Dora morava com o marido era uma espécie de centro onde se reuniam vários intelectuais, religiosos, artistas plásticos, poetas, entre outros. O local era um verdadeiro ambiente onde irradiava a cultura.
De acordo com a própria poeta e tradutora, as reuniões aconteciam de forma espontânea e eram conversas informais entre pessoas bastante diferentes. E além de artistas e poetas, por ali também costumavam passar professores (sendo que até mesmo professores de fora do Brasil).
Nessas reuniões em sua casa eram lidos poemas, escutadas músicas e discutidos assuntos diversos. E foram desses encontros que nasceram as revistas que ela fundara com seu marido.
Também, tempos mais tarde passou a funcionar um centro de estudos de poesia em sua casa chamado de “Cavalo Azul”.
Após a morte de seu marido, em 19 de julho de 1963, Dora passou a viver uma vida mais reservada. No entanto continuou com seu trabalho como tradutora e como poeta.
Sobre seu trabalho e suas obras
Apesar dela ser bastante conhecida pelos seus trabalhos de tradução, tendo traduzido obras de Rainer Maria Rilke, de Saint-John Perse, de Friedrich Hölderlin e de San Juan de la Cruz, a atenção deve se voltar especialmente para suas obras de poesia.
E mesmo mais afastadas da rodas dos intelectuais, ela deixou seu legado, conquistou seu lugar ao sol no meio literário.
Com suas obras de poesia Dora ganhou três vezes o Prêmio Jabuti (um dos mais importantes prêmios literários do Brasil) e também o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras, por sua obra “Poesia Reunida”, qual fora editada pela Topbooks no ano de 1999.
Sua obra intitulada de “Hídrias” foi uma das ganhadoras do Prêmio Jabuti no ano de 2005.
Alguns de seus livros foram: Retratos de Origem, Poemas da Estrangeira e Hídrias e Andanças. Dora foi uma poeta elogiada por nomes como Carlos Drummond de Andrade, Ivan Junqueira, José Paulo Paes, Cassiano, Ricardo, Gerardo Mello Mourão, entre outros.
Após ficar internada por duas semanas, por conta de compilações após realizar uma cirurgia para a retirada da vesícula, em 6 de abril de 2006, aos 87, Dora Ferreira da Silva falece.