Dimas Costa

Dimas Nogues Costa, mais conhecido como Dimas Costa ou mesmo por “O xiru divertido”, foi um apresentador, folclorista, compositor e poeta brasileiro.

Dimas Costas poeta

Ele foi apresentador de rádio e televisão em programas musicais e que costumavam promover a cultura gaúcha. Dimas é também conhecido como um dos mais importantes poetas do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

 

Sobre a sua vida

Dimas Nogues Costa nasceu no dia 20 de janeiro de 1926 em Bagé, município do Rio Grande do Sul. Não existem muitas informações sobre sua infância, sobre sua origem familiar e também sobre a sua formação.

Toda a sua trajetória é ainda desconhecida de muitos, no entanto, o que se sabe é que, na década de 50, Dimas trabalhou na Rádio Farroupilha de Porto Alegre, tendo apresentado programas como “Festança na Querência” e “Alma do Rio Grande” (ambos ao lado de Paixão Cortes), também apresentou “Céu e Campo” e “Entardecer na Querência”.

Dimas é um dos mais conhecidos poetas e também dos mais recitados entre os tradicionalistas. Os versos escritos e declamados por ele tendem a se aproximar da linguagem oral.

Como poeta, Dimas se dedicou a poesias nativistas, tendo sido “A Morte de Brigadiano” uma de suas mais populares.

Ele foi também compositor de músicas com temas regionais. E ao lado de Eleu salvador ele compões a famosa canção “Parabéns crioulo”, essa sendo uma canção de aniversário com tema gaúcho bastante conhecida no Rio Grande do Sul e que foi gravada por José Mendes.

Como ator, ele atuou em filmes que tinham como temas regionalistas, tendo atuado ao lado de atores como Teixeirinha e José Mendes.

 

Mais sobre seu trabalho

Algumas de suas poesias são: Céu e Campo, Fanfarrona, Novas poesias para moças e crianças nativistas, Pampa Bravo, entre outras.

Dimas Costa foi também um dos fundadores da Estância da Poesia Crioula, uma instituição criada em 29 de junho de 1957.

Já quanto aos filmes nos quais ele trabalhou estão: Gaúcho de Passo Fundo (filme em que atuo em 1978), Na Trilha da Justiça (em 1977), Carmen, a cigana (1976), entre outros. O último filme que fez foi “Os abas Largas” em 1965. Dimas Costa também publicou uma crítica literária em 1988.

Em seu disco “O Xirú Divertido” Dimas narra muitas histórias, dentre as quais a famosa intitulada de “Negrinha Serafina”, onde ele conta a trágica história de uma menina escrava e o desespero de seu pai em meio ao sofrimento que seu Senhor lhe fizera passar.

Nesse disco ele narra, bem ao estilo gaúcho, histórias, tendo músicas no plano de fundo. Onde costuma usar quadras de rima tendo o padrão ABCB.

Dimas foi também um dos responsáveis pelo começo do programa chamado de Rodeio Coringa, ao lado de Paixão Cortês.

Mas além de ter escrito versos, declamado, atuado e trabalhado em programa de televisão e de rádio, Dimas Costa também se dedicou a ensinar declamação de poemas. Hoje em dia, é quase impossível que um tradicionalista gaúcho não conheça ou tenha alguma de suas obras.

No dia 11 de julho do ano de 1997, aos 71 anos, Dimas Nogues Costa falece em Porto Alegre.