Décio Pignatari foi um publicitário, tradutor, ator, professor, ensaísta e poeta brasileiro.
Pignatari foi um dos mais importantes poetas que fizeram parte do movimento concretista.
Sobre sua vida
Décio Pignatari nasceu em Jundiaí, São Paulo, em 20 de agosto do ano de 1927. Ele teve como pais os imigrantes italianos Antonio Pignatari e Italia Maria Micheli.
Ainda pequeno, Pignatari muda-se com a sua família para Osasco, passando ali a sua infância e também adolescência.
No ano de 1948 ele ingressa na Universidade de São Paulo (USP), onde realiza o curso de Direito. Pignatari tornar-se-ia bacharel em Direito em 1954. Paralelamente a isso, ele também já realiza seus experimentos com a poesia, isso desde os anos 50.
Nessa época, sua poesia era caracterizada pelo uso da fragmentação de palavras e também de elementos visuais. Foi assim que nascera o Concretismo, um movimento que teve como criadores ele e os irmãos Campos (Augusto e Haroldo de Campos).
A criação do concretismo (poesia concreta) se deu depois que os irmãos Campos e Pignatari optaram pelo desligamento da Geração 45, pois acreditavam que o núcleo do grupo era pouco criativo.
Depois de se formar em Direito, ele viaja para a Europa, ficando ali até o ano de 1995. Em seguida ele retorna para o Brasil. Ele se casou com Lilla Pignatari e o casal teve três filhos.
Pignatari também atuou como professor, tendo lecionado na Escola Superior de Desenho Industrial do Rio de Janeiro e também deu aulas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
Sobre sua carreia
A sua estreia como poeta aconteceu em 1949, onde ele publicou alguns de seus escritos na Revista de Novíssimos, isso ao lado dos poetas Haroldo e Augusto de Campos. Com os irmãos Campos ele ainda fez colaborações para a Revista Brasileira de Poesia.
Já no ano de 1950 Décio Pignatari estrearia na literatura com a publicação do seu livro “Carrossel”.
Como tradutor, ele trabalhou na tradução de obras de Shakespeare, Dante Alighieri, Goethe, etc. Essas traduções foram reunidas na obra “Retrato do Amor quando Jovem” que foi publicada em 1990 e em “231 poemas”.
Pignatari também publicou contos como “O Rosto da Memória (publicado em 1988). Ele era conhecido por ser mais satírico do que os irmãos Campos.
Mas além disso tudo, Pignatari também se envolveu com a música. Nessa área ele realizou desde composições musicais e outros tipos de trabalhos. Inclusive, ele também já foi jurado no Festival de Música Popular Brasileira desde quando esse estreou na TV Excelsior.
Um de seus feitos nesse área foi ter composto a música do filme Anuska, Manequim e Mulher, exibido em 1968. Música essa que fora interpreta por Bibi Vogel.
Ele também ariscou alguns projetos para o cinema, a exemplo disso tem-se o curta-metragem documental “Anos 30: entre duas guerras, entre duas artes”, onde ele realizou o roteiro e a direção. Outros projetos existiram, contudo ficaram inacabados.
Já para o teatro, ele escreveu duas obras, sendo elas: Céu de Lona e Viagem Magnética.
No dia 2 de dezembro de 2012, Décio Pignatari faleceu, aos 85 anos, em São Paulo, em decorrência de insuficiência respiratória por conta do mal de Alzheimer.
