Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, mais conhecida pelo pseudônimo de Cora Coralina, é uma poetisa, contista e escritora brasileira.
Cora foi considerada uma das escritoras brasileiras mais importantes de todos os tempos.
Sobre sua vida
Nascida em 20 de agosto de 1889, na Cidade de Goiás, Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas estudou até o que seria equivalente hoje ao segundo ano do ensino fundamental. No entanto, a sua pouca escolaridade não a impediu de escrever versos e de, posteriormente, publicar um livro.
Ela teve como pais o desembargador Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto, nomeado por D. Pedro II, e sua mãe foi Jacyntha Luiza do Couto Brandão.
Cora fora criado numa casa que ficava aos margens do Rio Vermelho. Essa casa foi do seu avô, sendo comprada quando ele ainda era criança.
Início da sua carreira literária
Foi em 1911 que a escritora goiana começou a escrever e publicar seus primeiros textos, nessa época ela escrevia contos e também crônicas que eram publicados nos jornais locais.
Alguns de seus trabalhos foram publicados seus nos periódicos de Goiás, a exemplo disso podemos citar a crônica “A Tua Volta”, dedicada ao poeta Luiz do Couto.
No entanto, a paixão pela escrita já existia desde a sua adolescência, época em que escrevera seus primeiros versos. Conta-se que o nome “Cora” veio quando ela tinha por volta de 15 anos (sendo esse nome um apelido derivado de “coração”). Quando tinha 14 anos ela publica o seu conto “Tragédia na Roça” no Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás.
Contudo, mesmo escrevendo desde a adolescência e tendo publicado em periódicos em sua juventude, foi quando tinha por volta de 76 anos (em 1965) que ela publicou o seu primeiro livro intitulado “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais”.
A Anna Lins dos Guimarães Peixoto Bretas se casou com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas e com ele teve seis filhos. Por conta dessa nova fase em sua vida, ele se afastou de Goiás por cerca de 45 anos. Mas, tempos depois ela retorna para sua terra natal, agora viúva e trabalhando como doceira.
Segundo contado por ela, boa parte de seus versos eram escritos enquanto encontrava tempo entre a fabricação de seus doces.
Os poemas escritos por Cora destacam as suas lembranças de uma vida simples. Os elementos do seu cotidiano serviam de inspiração para os versos, tais como elementos do folclore, por exemplo. A poesia de Cora Coralina conquistou um patamar jamais antes alcançado por um poeta da região Centro-Oeste do Brasil.
E foi no ano de 1978, quando lançou a segunda edição do seu livro Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, que Cora Coralina viu sua obra ganhar repercussão nacional.
Reconhecimentos e premiações
No ano de 1982 Cora recebe, mesmo com sua pouca escolaridade, o título de Doutora Honoris Causa da Universidade Federal de Goiás. Já no ano de 1983, ela é torna-se a primeira mulher a ganhar o concurso Intelectual do Ano do Troféu Juca Pato.
A ONU, em 1984, elegeu Cora Coralina como Símbolo da Mulher Trabalhadora Rural para a Agricultura e Alimentação (FAO).
Em 10 de abril de 1985, Cora Coralina falece, aos 95 anos, em decorrência de uma pneumonia. Hoje, como forma de homenagear sua história, a sua casa em Goiás é um museu.