Casimiro José Marques de Abreu, mais conhecido como Casimiro de Abreu, foi um poeta brasileiro que fez parte da segunda geração de poetas românticos do Brasil, sendo desses um dos mais importantes.
Nascido em 4 de janeiro de 1839, na Barra de São João, no Rio de Janeiro, ele escreveu pouco, mas suas obras foram imortalizadas.
Ao longo de sua vida, escreveu vários poemas, entre eles “Meus Oito Anos” um os poemas mais conhecidos da literatura brasileira. No entanto, ele publicou apenas um único livro, talvez também pelo curto tempo que permaneceu entre nós.
Sobre sua vida e obras
Seus pais foram o português José Joaquim Marques de Abreu e a brasileira Luísa Joaquina das Neves, ambos fazendeiros.
Casimiro estudou apenas até o primário, dos 11 aos 13 anos, no Instituto Freese, na cidade de Nova Friburgo, Rio de Janeiro. Uma curiosidade era que, nessa época, era para lá que os pais enviaram os filhos quando queriam que tivesse a melhor instrução.
Quando Casimiro completa seus 13 anos, seu pai o envia para o Rio de Janeiro para que trabalhasse no comércio. Um ano depois ele viaja para Portugal, com o objetivo de completar sua prática para trabalho no comércio. E é nesse período que ele inicia sua jornada literária.
Com apenas 17 anos ele tem sua peça de teatro, intitulada “Camões e o Jaú”, encenada na cidade de Lisboa. Ele, então, retorna para o Brasil no ano de 1857, seguindo seu trabalho comércio, mas tendo em paralelo sua via com a poesia.
Ele fica amigo do escritor Machado de Assis, que na época tinha 18 anos, mesma idade que a dele. Nessa época ele também conhece outros intelectuais.
Aos 20 anos ele publica o que seria seu primeiro e único livro de poemas intitulado de “As Primaveras”.
Como morreu muito jovem, ele escreveu poucos poemas, muitos deles relatando a nostalgia de sua infância e adolescência. Tanto que muitos consideram que suas obras possuem uma qualidade lírica digna de quem está na adolescência.
Completando seus 21 anos, Casimiro fica noivo de Joaquina Alvarenga Silva Peixoto. No entanto, sua vida ao lado dela não duraria muito, pois, com sua vida de liberdade e despreocupação, contrai então tuberculoso e, em vão, tenta se curar da doença na fazenda de seu pai em Nova Friburgo. No dia 18 de outubro de 1860, com apenas 21 anos, Casimiro de Abreu falece.
Por escolha do fundador da Academia Brasileira de Letras, Casimiro de Abreu tornou-se patrono de uma das cadeiras (a de número 6) da instituição literária.
O sucesso de seus poemas
Casimiro de Abreu alcançou sucesso com suas obras apenas após a sua morte. Seus poucos poemas tiveram diversas edições no Brasil e também foram editados em Portugal.
Suas obras tinham como característica relatar a vida na casa de seus pais e também falar sobre a saudade que tinha de sua terra natal. Em outros poemas seus ele também relatava sobre o amor.
Barra de São João, o local onde mais esse poeta viveu, hoje é distrito de Casimiro de Abreu, um município que foi nomeado eu sua homenagem.