Carlos Alberto Serra de Oliveira, mais conhecido como Carlos de Oliveira, foi um escritor, tradutor, cronista e poeta português. Ele é considerado um dos grandes responsáveis por difundir o movimento neorrealista em Portugal.
Carlos até mesmo tentou algo na área do ensino, mas não durou, tendo ele se dedicado, até seus últimos dias, a literatura.
Carlos de Oliveira: sobre sua vida
Nascido em 10 de agosto de 1921, em Belém do Pará, ele foi filho de imigrantes portugueses. Mas dois anos após seu nascido a sua família retorna para Portugal.
Em Portugal, sua família então começou a residir em Gândara, na vila de Febres, onde o seu pai passa a exercer medicina.
Cerca de 10 anos depois, em 1933, Carlos Alberto Serra de Oliveira muda-se para a cidade de Coimbra para concluir seus estudos. Ali ele permaneceria por 15 anos. Lá ele ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, licenciando-se, no entanto, em 1947, em Ciências Histórico-Filosóficas.
Foi nesse época que ele começou a se interessar ela literatura, inclinando-se para o neorrealismo.
Enquanto residia em Coimbra, ele acabou fazendo amizade fortes com intelectuais da universidades, sendo esses os universitários: Fernando Namora, João Cochofel e Joaquim Namorado. Essa amizade fora não apenas intelectual, mas também havia um convívio ideológico e solidário.
Juntamente com Fernando Namora e Artur Varela, Carlos publica, em 1937, o livro de novelas intitulado de “Cabeças de Barro”, livro esse que teve a chancela da Moura Marques & filho.
O escritor conseguiu destaque com suas obras de ficção e também com suas poesias. Um de suas obras mais conhecidas é “Turismo”, uma coleção com seus poemas. Outra obra que o ajudou a conquistar reconhecimento foi um romance: Casa na Duna, lançado em 1943.
Uma das coisas que caracterizam suas obras são os elementos que remetem a sua infância em Gândara. Sendo que a pobreza que presenciou nessa fase também acabou influenciando o seu interesse pelo neorrealismo.
Após 15 anos vivendo em Coimbra, o poeta e escritor muda-se, em 1948, para Lisboa, onde radica-se. Lá ele passa a manter colaborações em revistas como Seara Nova e Altitude. Ele também já atuou como diretor na revista Vértice.
Sobre suas obras
Em parceria com o escritor José Gomes Ferreira, Carlos organiza a obra intitulada de Contos Tradicionais Portugueses, lançada em 1957. Alguns desses contos, tempos mais tarde, foram adaptados para o cinema pelo cineasta português João César Monteiro.
Algumas de suas obras mais famosas são as poesias: Terra de Harmonia, Colheita Perdida, Mãe Pobre, etc. Já nos romances ele publicou obras como: Casa na Duna, Alcateia, etc. Mas ele ainda publicou um livro de crônicas em 1971, o qual fora intitulado de “O Aprendiz de Feiticeiro “.
O poeta e escritor recebeu em 1971, o Prémio Bordalo de Literatura da Casa da Imprensa, por “Entre Duas Memórias”, um livro de poesias do autor português.
Também em 1971, o seu romance “Uma Abelha na Chuva” (1953) foi adaptado para o cinema pelo cineasta Fernando Lopes. Já no ano de 1978 ele recebeu o Prémio Cidade de Lisboa.
Carlos de Oliveira faleceu em Lisboa, Portugal, em 1 de julho de 1982, aos 59 anos.