Barão de Itararé

Barão de Itararé é o título de nobreza falso do escritor, humorista político e jornalista Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly.

Barão de Itararé

Ele ficou conhecido no Brasil por ser um pioneiro no humorismo político no país, tendo feito uma mistura de humor com críticas políticas.

 

Sobre sua vida

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly tem o local do seu nascimento como uma incógnita. Há quem afirme que ele nasceu no Uruguai numa diligencia que levava sua família até a fazenda dos familiares de sua mãe, enquanto outros afirmam que ele nasceu no Rio Grande do Sul (local onde seus pais moravam).

Sabe-se ainda que no título de eleitor de Apparício consta que ele nasceu no Rio Grande do Sul, enquanto que em sua matrícula escolar constava que ele tinha naturalidade uruguaia.

Mas a data do seu nascimento é descrita como sendo no dia 29 de janeiro.

Quando ele tinha apenas 18 meses a sua mãe, com 18 anos, suicidou-se. Assim, o seu pai o enviou para um internado jesuíta na cidade de São Leopoldo no Rio Grande do Sul. Foi ainda em sua infância no internato que ele começou com o humor, tendo publicado o jornal de sátira “Capim Seco” no qual ele satirizava os padres jesuítas do colégio onde ele estudava.

 

Início da sua carreira

No ano de 1916 Apparício publica a obra intitulada de ‘Pontas de Cigarro”: livro de poemas onde versava sobre a pobreza e no qual usou o pseudônimo Apporelly. E nesse mesmo período ele passa a colaborar com o diário “Última Hora”, tendo ainda trabalhado em diversos outros jornais do interior.

Ele sofre um AVC no ano de 1918, quando estava de férias na fazenda do um tio. Depois ele acaba por abandonar o curso de medicina que havia iniciado e dedica-se a escrita. A partir daí ele começa a publicar artigos em jornais e revistas (como “A Máscara” e “Revista Kodak”) e também publica sonetos.

Em 1925 ele vai morar no Rio de Janeiro buscando por um clima mais quente para ajudar a amenizar os sintomas do problema que havia desenvolvido: hemiplegia (paralisia num dos lados do seu corpo). Lá ele trabalha no jornal “O Globo”, assinando no final do mesmo ano a coluna “Amanhã tem Mais”, no entanto deixa o jornal em 1926 e funda em seguida o jornal satírico “A Manha”.

No ano de 1935 ele participa da fundação da Aliança Nacional Libertadora, sendo em seguida preso por um ano e meio.

No período do Estado Novo, que foi de 1937 a 1945, o Barão de Itararé foi preso várias vezes, mas por tempos mais curtos. Tempos depois ele foi eleito como vereador no Rio de Janeiro pelo Partido Comunista do Brasil no ano de 1947.

Além de ter colaborado com “A Última Hora” (para o qual retorna depois de algum tempo), ele ainda colaborou com o quinzenal “Paratodos”.

Em seus últimos anos ele foi deixando o humor e passou a se dedicar ao estudo das ciências biologias e da tecnologia aliada a ela, bem como ao estudo do esoterismo. Agora passando a viver com a pensão da Câmara dos Vereadores do Rio.

Apparício Fernando de Brinkerhoff Torelly, o Barão de Itararé, faleceu em 26 de novembro de 1971, aos 76 anos, no Rio de Janeiro.