Augusto Meyer

Augusto Meyer foi um jornalista, folclorista, ensaísta, memorialista e também poeta brasileiro.

Augusto Meyer

Ele tornou-se o sexto ocupante da cadeira 13 na Academia Brasileira de Letras, sendo o sucessor de Hélio Lobo, tendo sido eleito em 1960 e sido recebido em 1961 por Alceu Amoroso.

 

Sobre a sua vida

Filho dos imigrantes alemães Augusto Ricardo Meyer e Rosa Meyer, Augusto Meyer nasceu no dia 24 de janeiro de 1902 em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.

Começou seus estudos ainda em sua cidade natal, contudo ele deixou os estudos regulares e passou a dedicar-se a escrita, inclinando-se para a literatura.

No Rio Grande do Sul, ele começou a colaborar em diversos jornais como “Correio do Povo” e “Diário de Notícias” publicando ensaios críticos e também poemas de sua autoria.

Além disso, Meyer também foi, de 1930 até 1936, o diretor da Biblioteca Pública do Estado do Rio Grande do Sul.

Juntamente com Mário Quintana e Raul Bopp ele completara o trio do modernismo do Rio Grande do Sul.

 

Sobre as suas primeiras obras

Foi no ano de 1920 que Augusto Meyer publicou o seu primeiro livro de poesias, estreando na literatura. O livro fora intitulado de “A Ilusão Querida”.

Tempos depois, juntamente com outros escritores e poetas como Teodomiro Tostes, Miranda Neto, Azevedo Cavalcante e João Santana, ele fundou a vevista Madrugada no ano de 1926.

Mas foi com a publicação dos livros “Giraluz”, “Poemas de Bilu” e “Coração verde” que o poeta e jornalista conquistou destaque nacional. No ano de 1957 ele fez um compilado as poesias contidas nesses livros e outras numa obra que foi intitulada de “Poesias” sob o pseudônimo de Guido Leal.

Fora do Brasil, Meyer ficou responsável por dirigir a cadeira de Estudos Brasileiros na Universidade de Hamburgo, na Alemanha.

Meyer ainda foi diretor do Instituto Nacional do Livro por cerca de trinta anos, após mudar-se para o Rio de Janeiro. Sendo que esse instituto foi organizado por Meyer e por um grupo de intelectuais também de sua terra natal trazidos por Getúlio Vargas, isso no ano de 1937.

Ele, que também foi ensaísta, deixou ensaios sobre Machado de Assis, sendo um trabalho bastante aprofundado sobre o autor. Mas além disso ele ainda publicou muitas obras críticas de autores brasileiros e autores estrangeiros.

Como folclorista, ele publicou obras que estudam a literatura e o folclore do Rio Grande do Sul, destacando-se obras como: “Guia do folclore gaúcho” (publicada em 1951) e “Seleta em prosa e verso” (publicada em 1973).

Outras obras suas como “No Tempo da Flor” e “Segredos da Infância” geram destaque para o uso do que seria um memorialismo lírico, com elementos que remetiam a sua cidade, aos que estavam a sua volta, aos familiares, etc.

 

Prêmios e reconhecimentos

Meyer também ganhou alguns prêmios ao longo da sua carreira, tais como o “Prêmio Filipe de Oliveira” (na categoria ‘memórias’) no ano de 1947 e também o “Prêmio Machado de Assis”, concedido pela Academia Brasileira de Letras, pelo seu conjunto da obra literária, o qual fora recebido em 1950.

No dia 10 de julho de 1970, aos 68 anos, Augusto Meyer falece em Guanabara, Rio de Janeiro.