Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo, mais conhecido por Artur Azevedo, foi um poeta, dramaturgo, contista, jornalista e tradutor brasileiro.
Ele foi um dos integrantes do grupo que fundou a Academia Brasileira de Letras, ao lado do seu irmão Aluísio Azevedo.
Sobre sua vida
Artur Nabantino Gonçalves de Azevedo nasceu em São Luís, Maranhão, no dia 7 de julho de 1855. Seus pais foram o vice-cônsul de Portugal em São Luís, David Gonçalves de Azevedo, e Emília Amália Pinto de Magalhães.
Com oito anos Artur já brincava com as palavras, nessa época ele fazia adaptações de textos de autores como Joaquim Manuel de Macedo e também, tempos depois, passou a escrever as peças que representava.
Ele começou a trabalhar no comércio e depois passou a atuar na administração provincial, mas fora demitido por ter pulicado algumas sátiras contra autoridades governamentais.
Quando tinha quinze anos ele escreveu a peça de teatro “Amor por anexins”, peça essa que conquistou enorme êxito nacional e internacional.
Início de sua carreira
Não pretendendo seguir com a administração provincial, Artur participou de um concurso e classificou-se, indo atuar como amanuense da Fazenda no Ministério da Agricultura. Assim ele partiria para o Rio de Janeiro em 1873. Lá também passaria a lecionar português no Colégio Pinheiro.
No Rio, ele iniciou também a sua carreira como jornalista, tanto colaborando com jornais e também fundando jornais e periódicos literários, tais como: O Álbum, A Gazetinha e Vida Moderna.
Ao lado de autores como Olavo Bilac, Alcindo Guanabara, Coelho Neto e Moreira Sampaio, Artur colaborou com publicações no jornal “Novidades”. Ele ainda colaborou juntamente com o escritor Machado em “A Estação”.
O escritor maranhense também se dedicou a tradução e a adaptação de peças de teatro francesas. Contudo, foi mesmo no jornalismo que ele obteve êxito, tendo desenvolvido suas habilidades literárias.
Mas Artur acabou sendo conhecido tanto por ser um dos maiores contistas quanto um dos maiores teatrólogos do Brasil.
Ele também lutou em prol de causas como o abolicionismo, tendo escrito sobre isso em jornais e em algumas de suas obras de drama como a peça “O Liberato e A família Salazar” (publicada como “de O escravocrata”), peça essa escrita em parceria com Urbano Duarte.
Prestou também sus contribuição ao Rio de Janeiro a ajudar para que a lei para a construção de um teatro municipal fosse aprovada. Ele publicou muitos artigos a respeito disso.
Mais sobre suas obras
Artur Azevedo também se dedicou a poesia parnasiana. Ele é um poeta sentimental, mas seus sonetos, líricos, também continham elementos cômicos, onde ele tinha a influência de poetas franceses como François Coppée, Leconte de Lisle, Théodore de Banville, entre outros.
Depois de haver escrito muitos contos, em 1889, enfim, ele decide publicar um volume reunindo suas obras. Essa livro recebeu o título de “Contos possíveis”. Essa volume ele dedicou ao seu companheiro (e um dos críticos mais severos de suas obras) Machado de Assis, qual trabalhava com ele na Secretaria da Viação.
Não parando por aí, Artur publica outro livro de contos no ano de 1894: “Contos fora de moda”. Esse livro reunia histórias curtas. No mesmo ano ele publica “Contos cariocas” e “Vida alheia”, esses com histórias que o poeta, contista e jornalista publicara em diferentes jornais.
Em 22 de outubro de 1908, aos 53 anos, Artur Azevedo falece no Rio de Janeiro, tendo sido sepultado no Cemitério do Caju.