Ariano Vilar Suassuna, mais conhecido como Ariano Suassuna, foi um poeta, romancista, dramaturgo, professor e ensaísta brasileiro.

Ele é autor da obra “Auto da Compadecida”, qual é considerada a sua mais importante e qual foi adaptada para a televisão e para o cinema. Também, Ariano foi o responsável por idealizar o Movimento Armorial, movimento que atua em prol da valorização da arte popular.

Sobre sua vida

Ariano Vilar Suassuna nasceu em João Pessoa, Paraíba, no dia 16 de junho de 1927. Teve com pais Cássia Villa e João Suassuna (que foi governador do estado).

O Ariano nasceu numa família com boas condições financeiras, devido também ao cargo do seu pai.

Quando termina o mandato de seu pai, família se muda para o sertão, passando a morar na na Fazenda Acauhan, localizana no município de Sousa. Mas devido a conflitos desencadeados pela Revolução de 30, o seu pai é assassinado no Rio de Janeiro.

Com o ocorrido, a família então muda-se para Taperoá e depois para Campina Grande.

Quando já adolescente, Ariano vai morar em Recife, Pernambuco, e lá estuda Direito na Universidade Federal de Pernambuco, concluindo o curso em 1950.

Primeiras obras

A primeira peça de teatro de Ariano Suassuna foi escrita na época de sua graduação. A peça fora intitulada de “Uma Mulher Vestida de Sol”, recebendo por ela o prêmio Nicolau Carlos Magno.

Ele e Hermilo Barbosa Filho fundam o “Teatro do Estudante de Pernambuco”, sendo a partir daí que ele começa a escrever várias peças.

Em 1950 ele recebeu o “Prêmio Martins Pena” pela peça “Auto de João da Cruz”.

Ele acaba contraindo uma doença pulmonar e muda-se para Taperoá a fim de se tratar. Foi ali onde ele, em 1951, escreveu e montou a peça “Torturas de um Coração”.

No ano seguinte ele volta a morar em Recife, sendo que até 1956 passa a atuar no ramo da advocacia, em paralelo com as elaboração de peças de teatro. É nesse período que ele escreve a peça “Auto da Compadecida”.

Auto da Compadecida foi a peça que projetou Ariano em todo o país e qual fora considerada por críticos como a mais popular do teatro moderno do Brasil.

Tendo abandonado a advocacia, em 1956 ele começa a trabalhar como professor de Estética na Universidade Federal de Pernambuco. Entre 1958 a 1959 foram encenadas algumas de suas peças como O Santo e a Porca, A Pena e a Lei (peça premiada dez anos depois) e O Casamento Suspeitoso.

Como poeta, alguns de seus poemas são “Infância”, “A mulher e o reino”, “Aqui morava um rei”, entre outros.

Premiações e reconhecimentos

Em 1973 Ariano Suassuna recebeu o Prêmio Nacional de Ficção e no ano de 2008 o prêmio Fundação Conrado Wessel (FCW).

Sua peça, Auto da Compadecida, lhe rendeu uma medalha de ouro entregue pela Associação Brasileira de Críticos Teatrais.

Ele também foi nomeado para um lugar na Academia Brasileira de Letras, o de número 32, onde foi recebido em 1989. Em 1993 ele foi também membro da Academia Pernambucana de Letras e no ano 200 membro da Academia Paraibana de Letras

Ariano Suassuna faleceu no dia 23 de julho de 2014, aos 87 anos, em Recife, Pernambuco, vítima de parada cardíaca. Ele estava internado no Real Hospital Português devido a um AVC.