Antônio Gonçalves Dias

Antônio Gonçalves Dias, também conhecido como Gonçalves Dias, foi um professor, teatrólogo, crítico de história, jornalista e poeta, brasileiro.

Antônio Gonçalves Dias

Dias é um dos grandes expoentes do romantismo brasileiro e um importantíssimo poeta propagador da tradição indianista (sendo o poeta da Primeira Geração Romântica dessa tendência literária). Ele é patrono da cadeira de número 15 na Academia Brasileira de Letras.

 

Sobre sua vida

Antônio Gonçalves Dias nasceu no dia 10 de agosto de 1823 em Caxias, Maranhão. Teve como pais um comerciante português e uma mestiça, tendo crescido num conturbado ambiente social.

Na infância ele recebeu suas primeiras instruções de um professore particular, sendo que nessa época o garoto também ajudava seu pai no comércio.

Já com seus 15 anos ele viaja para Coimbra e lá passa a estudar no Colégio das Artes, tendo ali concluído o curso secundário. Dois anos depois, em 1840, Dias ingressa na Universidade de Direito de Coimbra, ali ele tem contato com escritores portugueses do romantismo como Alexandre Herculano, Feliciano de Castilho e Almeida Garrett.

Foi enquanto estivera em Coimbra que ele escreveu boa parte de suas obras.

Antônio Gonçalves Dias forma-se em direito, contudo acaba se tornando tempos depois mais conhecido por seu trabalho como etnógrafo, poeta e seu trabalho no teatro.

No ano de 1845 ele forma-se em Direito e volta a morar no Maranhão.

Em 1849 ele passa a atuar como professor de Latim e História do Brasil no Colégio Pedro II. E é nessa época também que passa a realizar várias publicações em jornais como A Gazeta Mercantil e Jornal do Comércio.

Tendo atuado como jornalista, ele colaborou, entre os anos de 1859 e 1865, com textos para a Revista Contemporânea de Portugal e Brasil.

Pretendendo se casar com uma moça chamada de Ana Amélia, quem conhecera no ano de 1851, e por quem se apaixonara, ele pede a mão dela em casamento em 1852, mas a família dela não apoia a relação por conta que Dias é de ascendência mestiça. Assim ele retorna para o Rio de Janeiro naquele mesmo ano. Algum tempo casa-se com Olímpia da Costa, a filha de um médico.

Alguns anos depois ele vai a Europa algumas vezes e acaba encontrando a Ana Amélia em Portugal, tendo essa já se casado. Desse encontro nasce o poema “Ainda uma vez – Adeus!”.

Tempos depois Antônio Gonçalves Dias é nomeado como oficial da Secretaria dos Negócios Estrangeiros. Passa quatro anos na Europa e depois volta ao Brasil e participa da Comissão Científica de Exploração.

 

Sobre sua carreira

Foi depois de ter ido para Coimbra (a partir de 1838) que Dias escreveu boa parte dos seus materiais, a exemplo disso tem-se “Canção do Exílio” (escrita em 1843).

Depois que ele retorna para o Maranhão, no ano seguinte, em 1846, ele passa a morar no Rio de Janeiro e lá começa a integrar o meio literário.

É, no entanto, somente em 1847, depois de publicar “Primeiros Cantos”, que seu trabalho ganha notoriedade. Já em 1851 ele publica o livro “Últimos Cantos”.

No ano de 1862 ele volta para a Europa para tratar de um problema de saúde e acaba falecendo num trágico acidente de navio em 1862, quando retornava para o Brasil, o navio Ville de Boulogne teria naufragado na costa brasileira e Dias fora o único a não conseguir escapar, sendo esquecido em seu leito.

Antônio Gonçalves Dias é considerado um dos poetas líricos mais importantes na literatura do Brasil.