Alfredo Keil

Alfredo Cristiano Keil, mais conhecido como Alfredo Keil, foi um arqueólogo, colecionador de arte, compositor, pintor e poeta português.

Alfredo Keil

Para boa parte dos portugueses Alfredo é conhecido como o compositor do hino nacional de Portugal.

 

Sobre sua vida

Alfredo Keil nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 3 de julho de 1850. Seus pais foram o alemão Johan Christian Keil e Maria Josefina Stellpflug, de origem alsaciana. O pai de Alfredo veio para Portugal como exilado político e ali atuou como alfaiate.

Seus estudos básicos aconteceram na Alemanha. E talvez por isso, como artista, Alfredo seguia as tendências existentes no berço do romantismo.

Desde muito jovem que Alfredo tinha interesse pela música e também pela pintura. Ele passa a estudar na Academia de Belas-Artes e quando tem apenas 12 anos ele publica a sua primeira obra musical intitulada de “Pensée Musicale”. Ele estudou no Colégio de Santo António, tendo lições de música com o pianista e compositor António Soller. Teve também lições de piano com Oscar de La Cinna, um reconhecido pianista húngaro.

Quando tinha 10 anos, Keil passou estudar no colégio Britânico na Rua Vale de Pereiro, em Lisboa.
Em 1890, logo após o ultimato inglês a Portugal, Keil comporia a obra que o tornaria conhecido: “A Portuguesa” com letra de Henrique Lopes de Mendonça. Esse tornou-se mais tarde o hino nacional de Portugal, sendo adotado pela assembleia constituinte do ano de 1911.

Mas antes disso, essa canção seria cantada nos momentos mais marcantes da luta republicana, como na república de Porto em 31 de janeiro do ano de 1891 e Revolução de 5 de outubro de 1910.
Alfredo Keil casou-se com Cleyde Maria Margarida Cinatti e eles tiveram quatro filhos.

 

Sobre seus trabalhos

Alfred foi, além de músico e compositor lírico, um escritor e poeta. Atuando como compositor, Alfred teve como destaque três óperas, sendo elas: Donna Bianca (composta em 1888), Irene (composta em 1893) e Serrana (de 1899 e considera a melhor ópera portuguesa até hoje).

Mas além de composições e sua obra que tornou-se hino nacional de Portugal (“A Portuguesa), Alfred Keil também era pintor. Ele costumava pintar de forma regular, tendo pintado vários quadros com uma impressão delicada.

Suas pinturas costumavam retratar paisagens, contudo ele também fazia alguns quadros sobre interiores, tal como o quadro “Leitura de uma Carta” (1874), tendo um traço fino e delicado. Esse quadro foi recebido com enorme entusiasmo tanto pelos aristocratas quanto também pelos burgueses que se emocionavam com o toque simples do romantismos nas pinturas.

No ano de 1878 ele concorreu, com sua tela ““Melancolia”, a exposição de Paris. No episódio, ele conquistou uma Menção Honrosa. Já em 1879 ele recebe a Medalha de Ouro na Exposição no Rio de Janeiro. Também fez uma exposição de suas telas em Madrid, obtendo ali também grande êxito.

Ele também tinha interesse por arqueologia, etnografia, por coleção de artes e por literatura, assim, ele ainda fez algumas publicações de notícias sobre instrumentos antigos e novos de música: Colecção Keil (1904). Publica também o livro “Colecções e Museus de Arte em Portugal” em 1905. E em 1908 publica o livro de poesias “Tojos e Rosmaninhos”, o qual contou com ilustrações feitas por ele mesmo.

Alfredo Keil faleceu em Hamburgo, na Alemanha, no dia 4 de outubro de 1907.