Alberto de Oliveira

Antônio Mariano Alberto de Oliveira, mais conhecido como Alberto de Oliveira, foi um farmacêutico, professor e poeta brasileiro.

Alberto de Oliveira

Líder do movimento parnasiano no Brasil, Alberto foi ainda um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, tendo sido convidado por Machado de Assis.

 

Sobre sua vida

Nascido no dia 28 de abril de 1857 em Saquarema, município do Rio de Janeiro, Antônio Mariano Alberto de Oliveira teve como pais José Mariano de Oliveira e de Ana Mariano de Oliveira.

Seus estudos primários foram na sua cidade natal, numa escola pública na vila de Nossa Senhora de Nazaré.

O seu pai era mestre de obras e, devido a um trabalho, precisou se transferir para o município de Itaboraí. Como a família era humilde, ele seguiu com seu irmão mais velho para a capital e foi trabalhar como vendedor. Ele e seu irmão passaram a morar num barraco nos fundos da casa comercial do Sr. Pinto Moreira, em Niterói, onde se tornaram vizinhos do pintor Antônio Parreiras, o qual ainda era anônimo.

Tempos mais tarde, ele diploma-se em Magistério e em 1884 ele diploma-se em farmácia. Ele ainda fez Medicina, no entanto parou no terceiro ano, tendo, nesse período, sido colega do escritor Olavo Bilac e com o qual desenvolveu uma boa relação pessoal e também literária. Mas Alberto de Oliveira depois vai trabalhar como farmacêutico e Olavo vai para São Paulo estudar Direito.

Aberto ainda trabalhou como professor de português e de literatura no Colégio Pio-Americano e na Escola Dramática e Escola Normal.

No ano de 1889, ele casa-se com a viúva Maria da Glória Rebelo Moreira, no município de Petrópolis. Desse casamento nasce o seu filho Artur de Oliveira.

Ainda, em 1892 ele trabalhou como oficial de gabinete de Dr. José Tomás da Porciúncula, o presidente do Estado naquela época. Ele também foi diretor geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro entre os anos de 1893 até 1898.

 

Sua carreira literária

A sua casa, onde vivia com a mulher e os filhos, tornou-se ponto de encontro de grandes nomes, tais como os escritores Olavo Bilac, Raimundo Correia, Raul Pompeia, Afonso Celso, Aluísio e Artur Azevedo, Guimarães Passos, Valentim Magalhães, entre muitos outros.

E ali aconteciam reuniões onde se discutia sobre literatura e arte em geral e onde também eram recitados versos dos próprios ali presentes ou de outros autores.

Juntamente com Raimundo Correia e com Olavo Bilac ele constitui o trio que melhor exprimia a ideia do movimento Parnasiano (na época conhecido como “Nova da Nova Geração”.

A princípio eles se reuniam em sua casa, mas tempos depois passariam a se reunir em seu Solar da Engenhoca, também em Niterói. No entanto, esse movimento fundado por eles acaba sofrendo vaia por parte de críticos literários que defendiam o modernismo.

Alberto de Oliveira também envolveu-se com Manuel Carneiro e Ferreira de Araújo, quais eram fundadores da Gazeta de Notícias.

No jornal a Gazeta de Notícias ele encontrou Machado de Assis, o qual, no ano seguinte (1884), citou Alberto no artigo “A Nova Geração” (publicado na Revista Brasileira). Machado também fez o prefácio de “Meridionais”, um livro com temática parnasiana que marca a passagem do poeta Alberto Oliveira da escola romântica para a escola parnasiana.

Em 1885ele publica mais uma obra, essa encomendada pelo público: “Sonetos e Poemas”. A publicação dessa obra fez com que ele se consagrasse junto ao seu público. E a repercussão da obra ainda rende a Alberto um prefácio de T. A. Araripe Jr. Num livro publicado a seguir e no mesmo ano: “Versos e rimas”.

Já junto com Manuel Carneiro e Ferreira de Araújo, Alberto publicou poemas que foram reunidos em Canções Românticas (1878), primeiro livro publicado de Alberto e que contava com prefácio de Teófilo Dias.

Tempos depois Machado de Assis o convida para participar da fundação da Fundação da Academia Brasileira de Letras no ano de 1897.

No dia 19 de janeiro de 1937,  o poeta e escritor Alberto de Oliveira falece em Niterói, Rio de Janeiro, aos 79 anos.