Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira, mais conhecida como Adília Lopes, é uma poetisa, tradutora e cronista portuguesa.
Ela é a autora de “O Poeta de Pondichéry”, sendo essa uma de suas obras mais traduzidas.
Sobre sua vida
Maria José da Silva Viana Fidalgo de Oliveira nasceu em Lisboa, Portugal, no dia 20 de Abril de 1960. Ela nasceu ali e continua ali até os dias de hoje na casa que pertenceu a família de sua mãe.
Filha de uma bióloga e assistente de Botânica na Faculdade de Ciências de Lisboa e de um professor de Desenho e sub-director da Escola Secundária Pedro de Santarém, na freguesia de Benfica em Lisboa.
Adília vive com seus gatos desde o ano de 1982, inclusive, fora a partir dos felinos que nasceu o primeiro nome do seu pseudônimo: Adília. Ela conta que Adília surgiu com um poema que ela havia escrito em seu diário depois que a sua gata Faruk desapareceu.
Seus estudos se iniciaram em sua terra natal, ela frequentou dois colégios de freira no primário e depois ingressou na Faculdade de Ciências de Lisboa, onde fez o curso de Física mas acabou abandonando já quase concluindo.
Ela abandonara o curso devido a doença psicológica que desenvolveu, doença conhecida por psicose esquizo-afectiva. Assim, por conselho médico, ela abou deixando os estudos, mas foi aí que passou a escrever.
Adília Lopes sempre falou sobre sua doença de maneira aberta, seja em suas poesias, crônicas ou mesmo em entrevistas.
Sobre suas obras
As obras de Adília são caracterizadas pelo romantismo e por toques de humor (muitas das vezes em doses elevadas).
Sua carreira na escrita começa por volta de 1983, época em que ela inicia uma nova licenciatura: em Literatura e Linguística Portuguesa e Francesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
É nesse mesmo ano que ela participa do Prémio de Prosa da APE, quando um amigo seu lhe sugere usar o pseudônimo de “Adília Lopes”. Sob esse pseudônimo ela envia poemas para a editora Assírio & Alvim, desses poemas, dois acabaram sendo remetidos ao Anuário de Poetas não Publicados de 1984.
Então, pouco antes de concluir sua licenciatura, Adília publica o seu primeiro livro de poesia sob o título de “Um Jogo Bastante Perigoso” (publicado em 1985).
Mais obras viram depois, sendo elas: O Poeta de Pondichéry (1986) e O decote da dama de espadas (1988), tendo essa última recebido várias críticas positivas.
Pausa e retorno
Entre 1987 a 1991 ela faz uma pausa e não publica mais nenhum livro. Mas em 1992 ela retorna e dali até 1997 ela publica mais cinco livros de poesia. Durante esse período, mas especificamente em 1995, Adília especializa-se em Ciências Documentais, pela Faculdade de Letras de Lisboa.
Adília também trabalhou no teatro, tendo o apoio da bolsa de criação literária do IPLB, o que lhe permitiu ter um espetáculo baseado em seus textos: espetáculo intitulado de “A Birra da Viva”.
Ela ainda publicou uma obra que foi a reunião de quinze livros de poesias da poetisa portuguesa. A essa obra foi dado o nome de “Obra”. E foi a partir daí que ela passou a ter um reconhecimento maior do seu trabalho.
Depois da publicação dessa coletânea ela passou a participar de entrevistas na televisão e recebeu comentários de vários críticos literários.
Em Portugal Adília ainda tem colaborado em jornais e revistas com a publicação de poemas, artigos e em traduções de poemas.