Adélia Prado

Adélia Luzia Prado de Freitas, mais conhecida apenas como Adélia Prado, é uma contista, professora e poeta brasileira.

Adélia Prado

Suas obras, atravessadas por um caráter lúdico, são marcadas pelo uso de elementos que retratam o dia a dia e o uso de elementos de sua professa fé cristã.

 

Sobre sua vida

Adélia Luzia Prado Freitas nasceu no dia 13 de dezembro de 1935 na cidade de Divinópolis, Minas Gerais. Seus pais foram João do Prado Filho (que trabalhava como ferroviário) e Ana Clotilde Corrêa.

A garota inicia os seus estudos na sua cidade natal, tendo estudado no Grupo Escolar Padre Matias Lobato.

Quando sua mãe falece em 1950, Adélia começa a escrever seus primeiros versos. E ainda nesse período ela conclui os estudos no Ginásio Nossa Senhora do Sagrado Coração, passando depois a fazer o curso de Magistério na Escola Normal Mário Casassanta, concluído no ano de 1953.

Depois de ter concluído o curso, dois anos depois ela começa a lecionar no Ginásio Estadual Luiz de Mello Viana Sobrinho. Ali se iniciava uma carreira que duraria 24 anos.

No ano de 1958 Adélia casa-se com um funcionário do Banco do Brasil chamado José Assunção de Freitas. E eles teriam seu primeiro filho, Eugênio, em 1959. O casal ainda teve Rubem em 1961, Sarah em 1962, Jordano em 1963 e Ana Beatriz em 1966.

Adélia e seu esposo ingressam no curso de Filosofia da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Divinópolis, isso antes do nascimento de sua última filha.

 

Suas primeiras obras

O seu pai morre em 1972. No ano seguinte Adélia se forma em Filosofia.

Durante esse período ela envia para Affonso Romano de Sant’Anna, poeta e crítico, carta e originais dos poemas escritos por ela. Romano então envia esses poemas para Carlos Drummond de Andrade.

Apreciando os poemas, Drummond sugere a Pedro Paulo de Sena Madureira (Editora Imago) que realize a publicação da obra de Adélia. Tal obra seria “Bagagem”.

E antes do lançamento do livro da poeta e escritora Adélia, Drummond publica no Jornal do Brasil uma crônica dando destaque para ele.

Já em 1976 enfim o primeiro livro de Adélia Prado é publicado, tendo a presença de figuras como Juscelino Kubitscheck, Clarice Lispector, Antônio Houaiss, Affonso Romano de Sant’Anna, Raquel Jardim, Nélida Piñon, do próprio Carlos Drummond de Andrade, etc.

Dois depois disso Adélia Prado publica um novo livro intitulado de “O coração disparado”, um livro que lhe rende o Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro.

No ano seguinte ela lança a sua primeira prosa: “Soltem os cachorros”. Sua carreira de escritora e poeta começa a deslanchar e, depois de 24 ano, ela precisa deixar o magistério.

Convidada pelo prefeito Aristides Salgado dos Santos, Adélia passa a atuar como chefe da Divisão Cultural da Secretaria Municipal de Educação e da Cultura de Divinópolis.

Além de escritora e poeta, ela ainda atuou como diretora de peças de teatro como “Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna”.

Mais tarde ela publica o livro “Cacos para um Vitral” e o livro de poesias “Terra de Santa Cruz”. Depois publica “Os Componentes da Banda” em 1984.

 

Mais de suas obras

Muitas outras obras foram publicadas depois, tais como: A Faca no Peito (publicado em 1988, sendo que nesse mesmo ano ela ainda participa da “Semana Brasileira de Poesia em Nova Iorque”), Poesia Reunida (1991), O Homem da Mão Seca (1994), Oráculos de Maio (1999), Quero Minha Mãe (2005), entre outros.