JUCKLIN CELESTINO FILHO

DANDO COMO PENHOR A ALMA

Pobres daqueles

Que se enganam

Com falsos

Prazeres  mundanos!...

Que vivem de fanfarra ,

Deileitando-se 

No balcão da vida,

Presas fáceis da ambição,

Onde tudo tem seu preço vil!...

Onde há pessoas que negociam

A alma ao diabo,

Por alguns trocados!

Permutando a honra,

Se lhes convier!...

Pouco se importando

Se de troco dão 

Os filhos e a mulher...!

Contanto, que saiam vencedores 

Na malsinada empresa

Em que deram

Como penhor -- a alma!

 

Reporto-me a criaturas

Desse naipe, como idiotas

Que se vangloriam

De serem os maiorais!...

E vivem a desfilar 

No pedestal da vaidade:

Dispondo de pessoas,

As manobrando,

Trazendo-as em rédeas curta,

A seu serviço, em nome

De sua pretensa superioridade !...

Esquecendo-se que angariar

Na terra um filão de ouro,

Não lhes servirá de tesouro 

Quando baixarem à sepultura...!

Que na vida --

Só é certa a morte!...

Que de qualquer sorte,

Todo ser humano,

Terá como prenda,

No fim da existência--

Um caixão,

Com uma cruz erguida!

 

 

 

 

 

 

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 20 de Dezembro de 2020 06:31
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 17

Comentários2

  • Maria dorta

    Sábias palavras,quase uma Bíblia! Aplausos!

  • Shmuel

    Grande poeta, disseste bem em teu poema. E como também já disseram, caixão não tem gavetas.
    Abraços.



Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.