O que me aprazia tempos atrás.
Hoje não me apraz.
O que você dizia.
Quando mentia.
Um boa tarde, boa noite, bom dia.
O esperar pelo que não vem.
O lamentar pelo que não se tem.
É tudo fútil, quase inútil.
Gargalho de desdém.
O que dizer sobre o que passou.
O que não aproveitei.
O pouco que sobrou.
Bebi o caldo deletério do que julguei prazer.
Como saber?
O que me aprazia tempos atrás.
Hoje não me apraz.
Onde você estava.
Com quem caminhava.
Ansiava por mim?
Cavei meu começo para enterrar teu fim.
- Autor: Victor Severo ( Offline)
- Publicado: 16 de dezembro de 2020 09:07
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 6
Comentários2
Bela poesia, Victor! Concordo quando você diz que algo que no passado era agradável, hoje não causa a mesma sensação.
Boa semana.
Sempre grato meu caro. Excelente semana para ti.
" cavei meu começo
para enterrar teu fim" final magistral de um belo poema,mesmo que pondo no amor um ponto final. Aplausos!
Sempre muito grato. Um abraço.
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