Os holofotes
Não nos protegem da morte
Ela chega sempre
As vezes manda avisos
Em outras,
Sem alarde
Leva criança e centenário
Herói ou covarde
Cedo ou tarde
Encontraremos com ela
Podemos adiar
Jamais escapar
Ela sempre virá
Como uma amiga
Fazendo uma visita
Que pode nos encontrar
Na próxima esquina
Por tragédia
Que faz quem fica chorar
Pré anunciada, esperada
Pode até chegar disfarçada
Sem hora marcada
A morte pode ser sim
Nossa professora
Ensinando a todo instante
Que não somos eternos
Estamos aqui de passagem
Ainda que possa ser
Uma longa viagem
Ela chegará ao fim
Simples assim
Aí mora a beleza
De que a morte
É uma certeza
Isso é motivo de alegria
Não de tristeza
Existe uma escolha
Viver a vida
Curtir o trajeto
Olhar e sorrir
Para a felicidade
Mais de perto
Pois o resto
É incerto.
Pedro Trajano de Araujo
10 dezembro 2020
Penápolis SP
- Autor: Trajano (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 11 de dezembro de 2020 08:01
- Categoria: Reflexão
- Visualizações: 23
Comentários1
Belo registro, poeta.
... e saber que muitos egoístas
se arriscam sem necessidade, tripudiam da vida, como se fossem viver para sempre!!!
Vida longa pra ti. Um quebra costelas.
Obrigado
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