Gravados num tronco de bela árvore
Meus Galhos de Amor, progrediram , Pelas cerejeiras era cobiçado , por minhas letras no caule gravados
Caso eventualmente, como antes tu de tal forma agistes.
Quem sabes tronco efêmero criado por Deus tu sois ,transfigurado em madeira, seu bruxo
Atormentando-me o amor.
Por Lenore recebestes tais laudas ,
Por este triste Poeta, tu jamais te amofinou
A ti Profiro a sentença e a quem for o executor:
Que te apodreças, e sequem-te as folhas pois a mim tu enganou.não cumpriu-me a promessa de a tocar com minha dor.
A Estas mãos, que o reverenciou , com carinho tanto lhe estimou ,Gravando-te no corpo meus intentos de eternizar meu amor
Seu sopro de flores insufla-se, Inatingido permaneceras, e o tom Mortífero , (O meu tom ) esvoaçara-se a compasso letal Desta forma da alma doente jaz a aguardando o final.
De mim, Divindade intima e distante
Aspiro. Sucumbindo , implorando a ti esperando
Ai de mim por que suspiro, e por que morro?
De Lenore vem o veneno, a regar minha tristeza, como as flores
No teu amável ramo , meu sepulcro afável se torna.
Infeliz , devoto, e imortal estou pois
Com sagacidade estas letras lhe cravei:
«Este poeta por Lenore abatia-se,
este poeta hilário um dia foi , ora jaz morto aqui, nestes troncos de Flores e dor
E se com ela não pode viver, então só por ela foi capaz morrer.»
Se já amou, leia o caule , ó Viajante e lágrimas a mim não derramais
Posto que morrer a mim foi uma escolha. Pois sem ela melhor morto e em paz .”
- Autor: João Baptista Neves (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 10 de dezembro de 2020 21:16
- Categoria: Amor
- Visualizações: 8
Comentários2
Meu caro poeta, poema triste, mas robusto em sua concepção. A Lenore presença forte em the Raven .
Abraços
Valeu meu camarada
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