João Baptista Neves

O Tronco

Gravados num tronco de  bela árvore

 Meus Galhos de Amor, progrediram , Pelas cerejeiras era cobiçado , por minhas letras no caule gravados

Caso eventualmente, como  antes tu de tal forma agistes.

Quem sabes tronco efêmero  criado por Deus tu sois ,transfigurado em madeira,  seu bruxo

Atormentando-me o  amor.

Por  Lenore recebestes tais laudas ,

Por este  triste Poeta, tu jamais te amofinou

A ti Profiro a sentença e a quem for o executor:

Que  te apodreças,  e sequem-te as folhas  pois a mim tu enganou.não cumpriu-me a promessa de a tocar com minha dor.

A Estas mãos, que o reverenciou , com carinho tanto  lhe estimou ,Gravando-te no corpo meus intentos de  eternizar  meu amor

Seu sopro de flores insufla-se, Inatingido permaneceras, e o tom Mortífero , (O meu tom ) esvoaçara-se a compasso  letal Desta forma da alma doente jaz a aguardando  o final.

De mim, Divindade  intima e distante

Aspiro. Sucumbindo , implorando a ti esperando

Ai de mim por que suspiro, e por que morro?

De Lenore vem o veneno, a regar minha tristeza, como as flores

No teu amável ramo , meu sepulcro afável se torna.

Infeliz , devoto, e imortal estou pois

Com sagacidade  estas letras lhe cravei:

«Este poeta  por Lenore  abatia-se,

este poeta  hilário um dia foi  , ora jaz morto aqui, nestes troncos de Flores e dor

E se com ela não pode viver, então só por ela foi capaz morrer.»

Se já amou, leia o caule , ó Viajante e lágrimas a mim não derramais

Posto  que morrer a mim foi uma escolha. Pois sem ela melhor morto e em  paz .”

  • Autor: João Baptista Neves (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 10 de Dezembro de 2020 21:16
  • Categoria: Amor
  • Visualizações: 8

Comentários2

  • Shmuel

    Meu caro poeta, poema triste, mas robusto em sua concepção. A Lenore presença forte em the Raven .
    Abraços

  • João Baptista Neves

    Valeu meu camarada



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