Das coisas que não tenho, uma delas és tu.
Todas as minuciosas partes do meu corpo.
Se retraem em desejo, clamam pela adrenalina,
E choram pelo privilegio do teu gosto.
A missão não concluída, quero saborear no fim
Se possível alcançá-la for, quero também o seu amargor.
Não tão somente do corpo, mas de alma ainda mais
A mente domina tudo, em um piscar, planejo captá-la.
Contudo, nem tudo é palpável
Um terço da solidez foi deixada aos concretos,
E pedras, e rochas.
Onde busca-la?
Onde senti-la?
Onde, onde, onde?
Berro todos os dias, e não há solução exata.
Contam-me, que tê-la, é ser livre
Que a sua liberdade, é voar. Superficial.
Tolos! Não sabem! Não sentem! Não vivem!
Toda a lavagem foi concluída
Para eles, minha menina abortada, se reduz a uma cédula
Emitindo, poder e posse.
Ódio, tenho eu.
Meus olhos lacrimejam.
Quero toda a deslealdade, as drogas, o pecado.
Quero a doce e amarga, liberdade
Nas profundas camadas de seu paladar.
O álcool escorrendo
O verbo solto aos quatro cantos
O riso malicioso e farto, sabedor da verdade.
Não a cédula com ilusória liberdade imposta
Comprando a suposta liberdade, a gatos pingados.
No fundo, todos querem a loucura
Desprender todas as amarras da sociedade
Correr nu, em todos os sentidos libertários.
Em mim, não há nem a cédula, quem dirá a nudez.
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Autor:
Vanessa Diniz (Pseudónimo (
Offline)
- Publicado: 9 de dezembro de 2020 13:59
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 8
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