JUCKLIN CELESTINO FILHO

O LIVRO DA CONJA

 

Insurge-se o vento,
Com uivar de lamento :
Quanta lambança!
Cada vez mais,
A sujeira avança.
A podridão,
Aqui pulala,
Escancarando
As suas entranhas  putrefatas ,
Cujo odor ainda exala
Em terras brasiilianas,
Envoltas de uns tantos,
Em ações e atitudes nefastas,
Algo nada  republicano,
Nos bastidores
Da política, Judiciário, Tribunais Superiores,
MP e Instituições outras, infectando,
Ao que o sol reclama,
E as nuvens e a brisa e o luar pejados
De tristeza, muito mais de  espantos,
Aos queixumes  do Infante Loiro aderem
À  pergunta que não cala:
O que mais  há
De emergir, do mar
De lama?
A esse questionamento,
Interrogo os inclitos elementos
Que dos céus se manifestam
Em acerbos reclamos,
O faço, a pilula dourando:
-- 0 que  de positivo traz,
O livro  da Rosângela Moro?
Deve conter algo de bom,
Em resumo!
Maravilhas, presumo!
Maravilha, da maravilha!
A brisa olha-me sisuda
E responde em aziago tom,
A farfalhar,
Sorriso escarninho nos lábios a bailar:
-- Caro poeta,  não és doidivanas,
Suponho. Sai dessa!
Não destrambelhes, fora do rumo!
Prezado, a inteligência
Tua, ao  lixo nao introduzas,
De ti mesmo, nao abusas,
Nâo te enrodilhas!
Não sabes que naquele livro,
Coisas inconfessáveis,
Fora do crivo
Da decência,
Hão , que ferem
Os preceitos de decoro?!
Toma ciência!
Há  em dobro, naquelas páginas,
coisas do "arco da velha" -- inacreditáveis,
Que só  cabem  num script muito louco!...
Ali , arriba,
Em tal escrito  da escriba :
Aqui , acolá,
Em cada página,  reproduz
Em síntese, amigo,
O ditado antigo:
Os maus por  si próprios se destroem.
Hora virá ,  que se traem,
E na própria armadilha
Que aos outros prepararam , caem!
Naquele  alfarrábio ( livro novo,
Ideias velhas que descontroem
0s mais simples arrazoados,
Trazendo, em seu bojo,
A parcialidade do festejado
Casal curitibano !
Uma verdade infere,
Nesta troça,  uma confissão):
A culpa condena !
A criatura  nao apenas
Se entrega ,
Na bandeja oferece a cabeça
Do cônjuge,  no que ela confessa:
Havia, por parte do ex-magistrado,
Uma insólita  refrega
"Moro x Lula!"

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 29 de Novembro de 2020 14:06
  • Categoria: Reflexão
  • Visualizações: 21


Para poder comentar e avaliar este poema, deve estar registrado. Registrar aqui ou se você já está registrado, login aqui.