JUCKLIN CELESTINO FILHO

ROLO

O bolo,

Do bololó,

Do bolo,

Do rolo

Que enrolou

O povo --

O envolvendo

No rolo,

Do bolo dividido

Entre a confraria 

De rapinadores,

Contumazes enganadores

Do povo,

Costumeiros fazedores

De vãs promessas,

Verdadeiras trepeças 

Aplicadas com requinte 

Velho, que diziam

Ser novo,

Com intuito 

De enganar,

Pois na verdade

Só lhes interessava xêpa!...

Meterem a mão 

Na abundante grana,

Fazendo-se de probos,

De bacanas!

Mas só 

A bestas enganam!

 

No íntimo,

Semelham 

A cães 

Que não 

Largam o osso:

No rolo

Que chafurdou

O Brasil 

Na patifaria,

No lodo --

Divisão 

Do espúrio bolo!

 

O povo

Envolto no rolo,

Feito de bobo,

Não sabia

0 que em seu

Entorno acontecia,

Não via 

O bolo inchar,

Se agigantar

No escaninho

De tamanha

Patranha:

De bolinho 

Virar bolão!

E a cada ladrão 

Como lobos 

Em esfaimada matilha,

Coube, enfim,

Na partilha 

Do butim,

Grandes pedaços 

Do bolo!

 

O bolo,

Pós o povo

No rolo:

Banquete,

Joguete

Nas mãos 

De larápios,

Que o País 

Com roubalheira 

Afundaram,

0 jogaram 

Ao chão,

Puseram-no 

De quatro,

Quando deram

Uma rasteira 

No povo,

No mais

Infame rolo,

Que prostrou

Por terra

A Nação

Brasileira!

 

 

  • Autor: Poeta (Pseudónimo (Offline Offline)
  • Publicado: 28 de Novembro de 2020 09:13
  • Categoria: Sociopolítico
  • Visualizações: 52

Comentários2

  • lucita

    Uma nação tão grande era pra ser próspera de coisas positivas, muito mais que negativas.
    Obrigada por causar mais essa reflexão...

  • Maria dorta

    Bela mas vergonhosa essa constatação. Somos um pequena nação,sem noção,com pouco cidadão a querer endireitar o que não tem conserto não!



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