Dentro de mim há uma fonte
Jorrando notas de canção
A música é como água
Que a sede não sacia.
Sede do passado
De um viver que existia
Do solo que pisei.
Sede de preservar
A sombra leve do meu ser
Na areia quente do chão
No vôo da ave noturna
Nas libélulas, nas cigarras
Nas borboletas do pântano
Contentinhas
Cores dançantes no ar.
Escuto a voz em meu peito
Há muito nesse cantar
Mas vem a luz da razão
Me chamando a acordar.
Finjo- me manter desperta
Pois bem sei que não tem jeito.
Essa canção nunca para.
É ela que dá vazão
Mantendo a trilha aberta
Por onde entra a saudade
Por onde sai a solidão.
- Autor: Zaira Belintani ( Offline)
- Publicado: 22 de novembro de 2020 23:30
- Categoria: Surrealista
- Visualizações: 35
Comentários5
Parabéns, Zaira Belintani, pela forma sutil de abordar a nostalgia: sua sensibilidade deu um quê a mais ao seu texto.
Gratidão, poeta!
A inspiração nos vem de repente.
Abraço!
Texto maravilhoso Zaira! Parabéns!
Fico feliz com seu comentário, Jose Fernando.
Boa noite!
Zaira, as músicas já ouvidas trazem de volta velhos tempos com saudades.
Sutileza e ternura existem nos seus versos. Muito obrigado pela sua.visita ao Soneto Divinal.
Sim, Maximiliano. Gratidão pela leitura e comentário.
Sempre que posso, visito para ler belos poemas.
Poema suave como uma seda, macio comigo algodão. Gostei de ler trouxe-me felicidade.
Abraços a poeta, Zaira Belintani
Que bom que leu e gostou, poeta Shimul!
Abraço!
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