Aviso de ausência de Abel Ribeiro
NO
NO
Olhe bem!
O público tá se tonando privado
Aí do seu lado Bem na sua barba
A sua privacidade vigiada
Filmada, domada e likeada
Leva a sua vontade dirigida
Pela inteligência artificial
De velocidade total.
Você virou algoritmo!
E aquela teoria liberal
Trouxe uma felicidade artificial
Fugaz, vulnerável, ansiosa
Abriu uma ditadura da imagem
Na sua linguagem pessoal
Invadida subjetividade
Daquela privatização do desejo
Sacou a carta da manga
E ditou o que você quer quererá
Olhe!
Essa maquininha na sua mão
Ditou seu tempo
Seu agir e decidir
A forma de consumir
De agir e interagir
Olhe!
Esse admirável mundo novo
Quem lhe fez mandar mensagem
Na mesma casa, do quarto para a sala
Pode fazer você ruir.
- Autor: Abel (Pseudónimo ( Offline)
- Publicado: 19 de novembro de 2020 17:40
- Categoria: Não classificado
- Visualizações: 24
Comentários1
Grande poeta!
Lindo poema.
Sim, faz tempo que a relação entre público e privado está rompida. Ah! inescrupuloso mundo pós contemporâneo.
Forte abraço
Abraços, obrigado
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