Victor Severo

Defuntos opulentos

Minhas condolências a todos aqueles mortos em vida.

Que se fizeram cegos por preguiça de enxergar.

Que vagam decompostos em suas alegrias fingidas.

Que se tornaram podres por puro medo de amar.

 

Externo minha repulsa a todos aqueles que se perderam no caminho.

Que tropeçaram na ilusão da opulência enganadora.

Que conquistaram palácios e puseram fogo em seus ninhos.

Que se tornaram escravos da mentira constrangedora.

 

Quero deplorar todos aqueles que parasitam seus semelhantes.

Todos aqueles que ultrajam e maltratam os pequenos.

Que apesar de seus perfumes, bens e joias rutilantes

Sabem que nos sepulcros os despojos fedem menos.

 

Portanto, meus pêsames aos defuntos donos do mundo.

Desfrutem dos seus gozos e prazeres enquanto é tempo.

Relaxem e aproveitem sua condição a cada segundo.

Já que aos vermes na eternidade servirão de alimento.

 

  • Autor: Victor Severo (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de Novembro de 2020 09:51
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 9
  • Usuário favorito deste poema: Marlon Corso.


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