Os gansos não voltaram

R.Capuano


Aviso de ausência de R.Capuano
NO

Eu envio ela lê... ela lê e se protege, é assim a batalha do egoísmo, sabe que qualquer descuido é fatal,pode perder, é preciso ganhar a qualquer preço,seu escudo...o silêncio.

 Reconheço sua vantagem,sou experiente peço trégua … estratégia bélica, logística inteligente, bem elaborada,move as peças.

Sua arma poderosa,a mais mortal de seu arsenal, não mata a carne... desintegra a alma,faz isso com prazer, afina,l precisa vencer... com desprezo sub julga o inimigo. 

Minha defesa? não tenho infantaria nem artilharia, estou em desvantagem, batalha perdida,mas tenho a flor,dou um beijo e lanço, sei que alcança, a propulsão?  o amor,voa nas asas dos gansos protegido pelas borboletas,trajetória balística,segue a direção do arco íris.

Mas correm um grande perigo,a artilharia inimiga é poderosa, com munição carregada de egoísmo,com raiva abre fogo, alguns gansos são abatidos,algumas borboletas caem,mas com a força da ternura na esperança do amor conseguem alcançar.

Tratado de paz enviado... uma pomba branca,um poema um lírio.  Lido,estudado, mulheres analisam,cheiram, abraçam,beijam no silêncio desejam... mas não cedem, afinal... vem de um medíocre poeta latino, como se atreve...acabe com ele.

Acordo rompido, óbvio, sabe que vencerá, momentos de trégua, tensão, angústia conflito desnecessário,o stress evidente, trincheira profunda serve como sepultura... não sou inimigo gritei.

 Bandeira levantei, outra poesia enviei...aguardei.

Nada responde, silêncio absoluto,acordo quebrado...minha arma entreguei,perdi a batalha,os gansos não voltaram,as borboletas...elas são livres.



  • Autor: R.Capuano (Offline Offline)
  • Publicado: 15 de novembro de 2020 21:28
  • Categoria: Não classificado
  • Visualizações: 12


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